Café abre sessão em queda na bolsa de Nova York

Açúcar, cacau e algodão operam em alta A seca castiga as plantas de café no Brasil, e é um dos principais motivos para atenção do mercado e da volatilidade dos preços. No entanto, nesta sexta-feira (20/9), as cotações em Nova York abrem em queda de 1,66% para os contratos com vencimento em dezembro, sem expressar os problemas da crise climática no Brasil, mas revelando um ajuste técnico e a realização de lucros por parte dos fundos. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural As cotações estão em US$ 2,5730. De acordo com Guilherme Vinícius Teixeira, coordenador do departamento de Geoprocessamento da Cooxupé, as lavouras estão sendo submetidas a altas condições de estresse hídrico e estresse térmico devido às altas temperaturas e grande amplitude térmica, que significa a diferença entre a temperatura máxima e mínima. Saiba-mais taboola “Praticamente estamos com 150 dias, somados a partir de março, sem registro significativo de volumes de chuva e capaz de restabelecer o armazenamento de água no solo. Por consequência, as plantas estão ativando sistemas de defesa fisiológica, perdendo folhas e murchando”, explica. Ele acrescenta que, em casos mais severos e lavouras depauperadas, está ocorrendo a redução do metabolismo das plantas, paralisando os processos fisiológicos importantes, podendo até chegar à morte. No campo positivo e na contramão do café, o açúcar continua sua ascendência e sobe nesta manhã 1,36% no caso dos lotes com prazo para março de 2025, os mais negociados no momento, que estão precificados a 22,36 centavos de dólar por libra-peso. Analistas apontam que os incêndios no Brasil, clima adverso nos produtores Índia e Tailândia e o preço do petróleo seguem sustentando as cotações mais elevadas do demerara. O cacau com vencimento para dezembro amanhece em alta de 0,54%, cotado a US$ 7.792 a tonelada. O mercado negociador da amêndoa está assistindo a uma estabilização dos preços, mesmo com as notícias de redução de oferta nos maiores produtores mundiais, Gana e Costa do Marfim. As oscilações devem permanecer, porém, sem novos picos expressivos. E no mercado de algodão, alta em todos os contratos, de primeira posição, e os de vencimento para dezembro, de maior liquidez no momento, a subida é de 0,75%, precificados a 73,58 centavos de dólar por libra-peso. O preço do petróleo bruto e taxa cambial do dólar são os fatores que mais influenciam as cotações da pluma nesta manhã.