Lula diz que o agronegócio e o MST têm a mesma importância
24/09/2024 Lula diz que o agronegócio e o MST têm a mesma importância Foto Reprodução-Divulgação-Blog Brasil de Fato-Joao Carlos Rodrigues Presidente afirmou que os atritos entre o agro e o seu governo ocorrem apenas por razões ideológicas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (6) que o agronegócio brasileiro enfrenta uma divergência com o governo do PT por razões ideológicas e não por falta de recursos e apoio. O chefe do Executivo também mencionou o papel do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesse cenário, afirmando que as críticas dirigidas são injustas. “Há décadas os sem-terra não invadem terras produtivas, mas o agronegócio mantém uma postura de rejeição. Tanto o MST quanto o agronegócio são fundamentais para o Brasil”, destacou. Ao ser questionado sobre as dificuldades de sua gestão com o agronegócio, o presidente ressaltou que defende o MST e valoriza tanto os grandes exportadores quanto os pequenos produtores. “Os grandes exportadores garantem qualidade e abrem mercados internacionais. Já os pequenos produtores, que representam quase 5 milhões de propriedades de até 100 hectares, são os que colocam comida na mesa dos brasileiros. Eles criam frangos, suínos e outros alimentos essenciais. Ambos são igualmente importantes”, explicou Lula. Daoud rebateu o presidente O comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, rebateu o presidente, dizendo que Lula está enganado, visto as invasões de terras no chamado Abril Vermelho, onde unidades de pesquisa e propriedades foram ocupadas. Daoud também refutou o dado trazido pelo presidente, a respeito das 5 milhões de pequenas propriedades. “Dessas, apenas 2,1 milhões estão no Proagro, na agricultura familiar. Os demais estão abandonas, na rede de assistência social […]. Para o comentarista, as faíscas entre o agronegócio e o governo petista não são ideológicas. “Os produtores rurais têm grande preocupação sobre a instabilidade que o senhor [presidente] traz para o campo. A leniência do governo em não questionar as invasões é preocupante” (Canal Rural, 6/9/24)
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