Dólar recua após ata do Copom sugerir possíveis novas altas na Selic e alerta sobre cenário fiscal

Mercado Financeiro Dólar recua após ata do Copom sugerir possíveis novas altas na Selic e alerta sobre cenário fiscal Moeda norte-americana cede enquanto Ibovespa também apresenta leve queda; mercado reage com cautela ao comunicado do Banco Central Publicado em: 24/09/2024 às 10:40hs O dólar operava em baixa nesta terça-feira (24), após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC). O documento confirmou o aumento da taxa Selic em 0,25 ponto percentual, fixando-a em 10,75% ao ano, e indicou que novas elevações nos juros devem ocorrer nos próximos meses. No dia anterior, a moeda norte-americana havia subido 0,25%, fechando cotada a R$ 5,5344, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, registrou uma queda de 0,38%, encerrando aos 130.568 pontos. A ata do Copom revelou que, apesar de não definir o patamar exato da próxima alta na Selic, o BC mantém seu "firme compromisso" de trazer a inflação de volta à meta. O documento também destacou que os indicadores de atividade econômica e de mercado de trabalho estão mais dinâmicos do que o previsto. Em contrapartida, o BC criticou a "falta de avanço nas reformas estruturais e na disciplina fiscal" por parte do Governo Federal. O cenário fiscal incerto, evidenciado no último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) de 2024, que apresentou uma contenção de despesas inferior à esperada pelo mercado, contribui para a cautela dos investidores. A falta de clareza nas políticas fiscais continua sendo um fator de preocupação, impactando a confiança no mercado. Cotações e Impactos Às 09h30, o dólar registrava uma queda de 0,52%, cotado a R$ 5,5057. Na véspera, a moeda norte-americana havia atingido a máxima de R$ 5,5979. No acumulado, o dólar registra alta de 0,25% na semana, queda de 1,74% no mês, e um avanço expressivo de 14,05% no ano. Já o Ibovespa iniciou suas operações às 10h, após ter caído 0,38% na segunda-feira, acumulando uma perda de 0,38% na semana, recuo de 4% no mês, e queda de 2,70% no ano. Fatores que Movimentam o Mercado O grande foco dos investidores é a ata do Copom, que reforçou a expectativa de novas elevações na taxa Selic nos próximos meses. O aumento dos juros, além de elevar o custo do crédito e impactar o consumo e os investimentos, é uma estratégia para conter a inflação. A decisão do BC em iniciar um ciclo de aperto monetário também foi influenciada pela preocupação com o cenário fiscal. Na última sexta-feira (20), o governo anunciou um bloqueio de R$ 2,1 bilhões no Orçamento de 2024 para garantir o cumprimento da meta de gastos. No entanto, a reversão de R$ 3,8 bilhões contingenciados no terceiro bimestre gerou dúvidas sobre a eficácia das medidas de controle fiscal. Analistas da XP Investimentos ressaltaram que a meta de resultado primário pode estar comprometida, com a possibilidade de um déficit fiscal real significativo, estimado em R$ 68,8 bilhões, mesmo que o governo atinja o limite inferior da meta, equivalente a um déficit de R$ 28,8 bilhões. Em entrevista à GloboNews, Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BC, afirmou que a cautela do mercado em relação ao cenário fiscal "não é exagerada", destacando a elevada dívida pública do Brasil e a necessidade de atrair investidores para os títulos brasileiros. Ainda nesta semana, o Banco Central divulgará o Relatório Trimestral de Inflação, além de outros dados relevantes sobre inflação, mercado de trabalho e contas públicas. Na segunda-feira, o Boletim Focus trouxe uma nova alta nas expectativas do mercado financeiro para a inflação em 2024, que passou de 4,35% para 4,37%, afastando-se ainda mais da meta central de 3%. As estimativas para a inflação em 2025 e 2026 também registraram leves aumentos. Cenário Internacional No exterior, a atenção dos mercados se volta para os próximos discursos dos dirigentes do Federal Reserve (Fed), após o banco central americano reduzir suas taxas de juros em 0,5 ponto percentual, na primeira baixa desde março de 2020. Além disso, novos dados de inflação nos Estados Unidos são aguardados para os próximos dias, o que pode trazer mais clareza sobre os próximos passos da política monetária americana. Fonte: Portal do Agronegócio ◄ Leia outras notícias

Dólar recua após ata do Copom sugerir possíveis novas altas na Selic e alerta sobre cenário fiscal
Mercado Financeiro Dólar recua após ata do Copom sugerir possíveis novas altas na Selic e alerta sobre cenário fiscal Moeda norte-americana cede enquanto Ibovespa também apresenta leve queda; mercado reage com cautela ao comunicado do Banco Central Pub >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET