Produção de milho: Brasil lidera em custo-benefício, mas produtividade segue como desafio, aponta Itaú BBA
Produção de milho: Brasil lidera em custo-benefício, mas produtividade segue como desafio, aponta Itaú BBA Brasil ainda enfrenta desafios em termos de competitividade de custos Agrolink - Aline Merladete Publicado em 25/09/2024 às 12:20h. Compartilhe: Indique a um amigo! Estimado usuário. Preencha o formulário abaixo para remeter a página. Foto: Nadia Borges De acordo com o relatório de setembro de 2024, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, os custos de produção de milho nos três principais exportadores globais – Brasil, EUA e Argentina – foram detalhadamente analisados. Os dados revelam que, apesar do avanço tecnológico e do aumento da produção, o Brasil enfrenta desafios em termos de competitividade de custos frente aos seus concorrentes. Nos Estados Unidos, o maior produtor mundial de milho, com uma colheita de 390 milhões de toneladas na safra 2023/24, o custo operacional atingiu o patamar de USD 1.174 por hectare, sendo o mais elevado entre os três países. O principal fator responsável por esse alto custo são os fertilizantes, especialmente os nitrogenados, cujo uso nos EUA é mais intenso do que na Argentina e no Brasil. Na Argentina, embora o país tenha registrado um custo de USD 576 por hectare, inferior ao dos EUA, o cenário de produtividade favoreceu o país nos últimos anos. Com uma exportação de 35 milhões de toneladas, a Argentina consolidou sua posição como o terceiro maior exportador de milho do mundo O Brasil, por sua vez, apresentou o menor custo de produção, com USD 597 por hectare. No entanto, a desvalorização do real e os riscos climáticos, principalmente devido ao atraso das chuvas e à influência de La Niña, podem afetar o plantio e a produção da safra 2024/25. Ainda assim, o Itaú BBA prevê que a redução no preço dos insumos deverá proporcionar alguma melhora nas margens operacionais no próximo ano. Apesar de contar com o menor custo operacional, a produtividade brasileira por hectare continua sendo um desafio quando comparada à dos Estados Unidos. A baixa rentabilidade da segunda safra (safrinha) afeta a competitividade nacional, uma vez que o milho brasileiro é geralmente cultivado em um período de maior risco climático. Dessa forma, o relatório do Itaú BBA destaca a necessidade de o Brasil continuar aprimorando suas práticas agrícolas e investindo em tecnologia, para manter a competitividade em um mercado global cada vez mais exigente.
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