BNDES anuncia regras para linha de crédito emergencial em apoio ao agro no Rio Grande do Sul
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou as regras para a contratação da linha de capital de giro voltada para cooperativas agropecuárias, revendas de insumos, produtores rurais e empresas cerealistas do Rio Grande do Sul. A medida busca apoiar o setor produtivo dos municípios afetados pelas enchentes de abril e maio de 2024. No entanto, a contratação da linha de crédito só poderá ser feita a partir do dia 11 de outubro, o que tem gerado insatisfação no setor devido à demora. Produtores e cooperativas aguardam a liberação há meses, com críticas quanto à implementação tardia da medida. Prazos e CondiçõesO BNDES estabeleceu prazos distintos para o reembolso do crédito. Cooperativas e produtores terão até oito anos para quitar os valores, enquanto revendas de insumos e empresas cerealistas terão um prazo menor, de até cinco anos, inferior ao que havia sido solicitado pelo setor ao governo. A linha de crédito, regulamentada pela resolução 5.172/2024 do Conselho Monetário Nacional (CMN), é destinada a cooperativas, produtores, empresas e revendas localizados em municípios com decretos de emergência ou estado de calamidade reconhecidos pelo governo federal até 31 de julho de 2024. Para acessar o crédito, é necessário comprovar perdas superiores a 30% da renda esperada da produção por meio de laudo técnico. Destinação dos Recursos O banco também determinou que as cooperativas e cerealistas devem utilizar, no mínimo, 70% do valor contratado para refinanciar dívidas de produtores rurais, com a necessidade de comprovação formal de renegociação. Cooperativas de agricultura familiar também têm regras específicas, incluindo a exigência de que 70% de seus cooperados estejam nos municípios afetados e que 30% da produção prevista para abril e maio tenha sido perdida devido às enchentes.Taxas de Juros As taxas de juros para o crédito emergencial variam de acordo com o porte das empresas. Micro, pequenas e médias empresas, com faturamento anual de até R$ 300 milhões, terão juros de até 10% ao ano, enquanto grandes empresas podem pagar até 12%. Esses valores estão acima dos 7% prometidos pelo governo gaúcho, e as taxas finais dependerão de negociações com os bancos responsáveis pela intermediação dos recursos.A linha de crédito emergencial será financiada com recursos do Fundo Social do BNDES. Fonte: BNDES Assuntos Relacionados
![BNDES anuncia regras para linha de crédito emergencial em apoio ao agro no Rio Grande do Sul](https://www.agrimidia.com.br/wp-content/plugins/seox-image-magick/imagick_convert.php?width=1200&height=627&format=.jpg&quality=91&imagick=/wp-content/uploads/2024/05/RS-Enchentes-Credito-Mauricio-Tonetto-Secom--1536x1024.jpg)
Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET