Atento ao clima no Brasil, café sobe mais de 2% em Nova York

Mercado também segue acompanhando possíveis mudanças na lei antidesmatamento da União Europeia O café voltou a subir na bolsa de Nova York após a queda na última sessão. Os contratos do arábica para dezembro fecharam em alta de 2,10% nesta sexta-feira (4/10), para US$ 2,5735 a libra-peso. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural Na visão de Renata Eller, da Eller Trading de Café, os preços internacionais seguirão influenciados pelas questões de oferta nos principais produtores do grão. “As maiores origens de café do mundo, Brasil e Vietnã, enfrentam um problema climático muito sério, com a falta de chuva”, diz. “No momento, a volatilidade do mercado vem muito do clima e dos fundos de investimento. Se há notícia de chuva, o preço cai, mas com informações sobre seca ele volta a subir. Por isso acredito que o valor vai se estabilizar nos patamares atuais”, acrescenta. Saiba-mais taboola Além de questões relacionadas com o clima, Eller diz que os agentes em Nova York estão atentos aos desdobramentos sobre a lei antidesmatamento da União Europeia. Para ela, ainda não é certo qual impacto o possível adiamento da legislação terá sobre os preços. “Muitos produtores investiram para atender as normas da lei. Haverá um prêmio para vender sob essas condições?”, questiona. Segundo a especialista, mesmo diante de uma “corrida” pela demanda do café do Brasil antes da proposta de adiamento da lei, os europeus estão com estoques baixos. “Ainda que a demanda tenha acelerado, os europeus ainda estão comprando ‘da mão para boca’. Está muito caro carregar estoques atualmente, e as compras para o próximo semestre ainda não aconteceram”. O Conselho Nacional do Café (CNC) segue o mesmo raciocínio da analista, e vê o mercado pautado pela falta de chuvas nos cafeeiros do Brasil e ainda nos debates sobre a lei europeia. A entidade projeta cotações abaixo dos US$ 2,60. Cacau O preço do cacau pouco oscilou na sessão desta sexta. Os lotes com vencimento em dezembro fecharam em alta de 0,55%, a US$ 7.069 a tonelada. Neste momento, a tendência para os valores internacionais é de baixa, já que a produção global em 2024/25 pode registrar o primeiro superávit após três anos de saldo negativo. Açúcar As cotações do açúcar seguem com forte oscilação na bolsa de Nova York. Os contratos para março do ano que vem fecharam em queda de 0,99% (ontem houve recuo de 2,47%), a 23,01 centavos de dólar a libra-peso. De acordo com Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado, ainda que haja uma tendência natural de alta para as cotações – devido principalmente à seca no Centro-Sul – no curto prazo, um movimento de realização de lucros deverá pautar as quedas, já que os preços do açúcar subiram mais de 20% nas últimas duas semanas. Suco de laranja Nas negociações do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês), os papéis para novembro fecharam em queda de 0,20%, cotados a US$ 4,6865 a libra-peso. Algodão No mercado do algodão em Nova York, os preços subiram 0,74%, com o contrato para dezembro cotado a 73,03 centavos de dólar por libra-peso.

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