Startup brasileira de bioinsumos recebe aporte de R$ 2 milhões

Recurso vai ser usado para a construção de uma biofábrica, a fim de escalar a produção A Demetra Agroscience, startup brasileira de bioinsumos desenvolvidos a partir de metabólitos bacterianos, acaba de receber um investimento de R$ 2 milhões do Didaciebe (Centro Integrado de Educação Brasil Europa), mantenedor da Faculdade de Tecnologia, Ciências e Educação, além de outras instituições e da fazenda Estância Águas Virtuosas, onde se cultiva café e macadâmia. Initial plugin text Os metabólitos são, na prática, subprodutos originados no processo de fermentação de biológicos à base de bactérias e podem ser usados como ativos novos ou em misturas para formulação de outros bioinsumos. O dinheiro vai ser usado para a construção de uma biofábrica, a fim de escalar a produção, informou a startup em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (7/10). Além da biofábrica, a ideia é aproveitar o recurso para encaminhar o processo de registro dos produtos e organizar a equipe comercial da empresa. Essa foi a segunda rodada de investimento, a primeira foi feita pela venture builder WBGI, de R$ 260 mil, que também disponibilizou apoio administrativo e financeiro à startup. A Demetra surgiu da pesquisa do então CEO, Renato Zapparoli, que está no segmento há 25 anos. “Desenvolvemos bioinsumos a partir de metabólitos bacterianos. Diferente dos biológicos anteriores, os de terceira geração não são feitos com organismos vivos, o que aumenta sua eficiência e tempo de prateleira, além de dispensar refrigeração, ter mais compatibilidade com os químicos e poder ser utilizado em qualquer situação climática”, explicou o especialista. O bioinsumo está em fase de registro, mas, acrescenta a companhia, foi testado em campo e apresentou bons resultados como biofungicida, biobactericida e bioinseticida, além de melhorar a produtividade de alguns cultivos. “Os resultados em café mostram excelente controle da broca-do-café, ferrugem e mancha auerolada.” Um dos testes foi feita na Estância Águas Virtuosas, de propriedade de Claudio Romualdo, que está à frente do grupo investidor.