Erradicação do Moko da Bananeira em Áreas de Terra Firme Exige Vazio Sanitário de Dois Anos

Pragas e Doenças Erradicação do Moko da Bananeira em Áreas de Terra Firme Exige Vazio Sanitário de Dois Anos Doença bacteriana afeta regiões do Norte e Nordeste e demanda estratégias rigorosas de controle para recomposição de áreas plantadas Publicado em: 11/10/2024 às 17:00hs A erradicação do moko da bananeira, uma das doenças mais devastadoras para a cultura da banana, exige um vazio sanitário de 24 meses em áreas de terra firme afetadas pela bactéria Ralstonia solanacearum raça 2. A recomendação vem de estudos conduzidos pela Embrapa Amazônia Ocidental, em parceria com a Embrapa Roraima. A bactéria, classificada como praga quarentenária sob controle oficial, está disseminada em estados como Amapá, Amazonas, Roraima, Pará, Pernambuco, Rondônia e Sergipe. Essa doença bacteriana se propaga principalmente em áreas de várzea, comuns na Região Amazônica, onde as inundações anuais disseminam o patógeno pelas águas dos rios, afetando plantações à jusante. Em municípios como Tabatinga e Manicoré, no Amazonas, os bananais localizados ao longo dos rios Solimões e Madeira são atingidos de forma recorrente, tornando a erradicação do moko praticamente inviável devido à propagação constante da bactéria durante as enchentes. No entanto, em áreas de terra firme, a Ralstonia solanacearum se comporta de forma diferente, sobrevivendo no solo por tempo limitado, sem produzir estruturas resistentes como endósporos. Após o período de vazio sanitário de dois anos, é possível replantar bananeiras saudáveis, utilizando mudas livres de contaminação. "Em áreas de terra firme, a doença só ocorre quando são utilizadas mudas contaminadas das várzeas, e a bactéria é transmitida pelo contato das raízes, podendo causar a morte de toda a plantação em poucos meses", explica Luadir Gasparotto, pesquisador da Embrapa. Medidas de Controle Não há cultivares de bananeira resistentes ao moko e o controle químico é ineficaz, uma vez que a doença é vascular. Por isso, o manejo adequado é essencial para conter a disseminação. Entre as principais medidas recomendadas estão o plantio de mudas certificadas, a desinfecção de ferramentas agrícolas e a proibição do trânsito desordenado de veículos, pessoas e materiais entre as áreas afetadas e não afetadas. Os pesquisadores da Embrapa também destacam a importância de um monitoramento constante nas áreas de plantio, com inspeções regulares para a detecção precoce de plantas doentes, o que pode evitar a propagação da bactéria. Pesquisa e Resultados Para definir o tempo de sobrevivência da bactéria no solo, foi realizado um experimento que avaliou a viabilidade da Ralstonia solanacearum em solos infestados com as cultivares de bananeira Prata Anã e PV03-44. O estudo concluiu que a bactéria sobrevive por até 10 meses em solos do tipo Latossolo Amarelo e até 8 meses em solos de Argissolo. Durante o período de vazio sanitário, os pesquisadores recomendam o cultivo de outras culturas, como mandioca, abacaxi, mamão e milho, para acelerar a decomposição dos resíduos orgânicos do bananal. Após os 24 meses, o plantio de novas bananeiras pode ser retomado com mudas livres de contaminação. Prevenção e Sustentabilidade Entre as principais ações preventivas estão: Utilização de mudas certificadas e comprovadamente saudáveis. Desinfecção de ferramentas agrícolas com soluções de formaldeído ou água sanitária após cada uso. Eliminação do coração da bananeira para evitar a transmissão por insetos. Substituição de capinas manuais por aplicação de herbicidas para controle de plantas daninhas. Inspeções regulares por profissionais treinados para identificar precocemente os sinais da doença. As ações dessa pesquisa estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, como Fome Zero e Agricultura Sustentável (ODS 2), Consumo e Produção Sustentáveis (ODS 12) e Vida Terrestre (ODS 15), reforçando o compromisso com a sustentabilidade e a inovação no manejo agrícola. Fonte: Portal do Agronegócio ◄ Leia outras notícias

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