Seca aumenta em 20% as vendas da FNF Ingredients para o setor pecuário em 2024
Para este ano, a previsão da empresa é atingir um faturamento de R$ 50 milhões A seca severa que atingiu o Brasil levou a um aumento de 20% no volume de vendas da FNF Ingredients, companhia chinesa que atua no ramo de vitaminas e aminoácidos para produção de ração animal. Leia também Produção brasileira de ração animal cresceu 1,4% no primeiro semestre Alvoar conclui investimento de R$ 4,2 milhões em fábrica de ração Indústria do Ceará investe para construir primeira fábrica de ração na região Norte De acordo com o sócio administrador da companhia no Brasil, Alexandre Camargo Costa, a demanda deste ano ficou acima da média, puxada pela necessidade dos criadores de suplementarem a alimentação dos bovinos no período seco mais alongado. “Este ano, com a seca, mais bovinos tiveram que ir para o sistema de confinamento onde se demanda mais vitaminas, principalmente de quatro vitaminas vitamina: A, D3, E e K3, sendo que a D3 e a K3 nos trabalhamos bastante”, destacou o executivo em conversa com a Globo Rural. Sócio administrador da FNF Ingredients no Brasil, Alexandre Camargo Costa FNF Ingredients/Divulgação Com uma participação de mercado de 5% no segmento de aves e suínos comparado a 2% no de bovinos, a FNF espera ampliar a sua presença no setor pecuário no próximo ano com a inclusão e novas moléculas em seu portfólio: propionato de cálcio e cloreto de amônio. “A gente já desenvolveu um bom fornecedor na China e agora estamos buscando entender os canais de distribuição e quem são os maiores consumidores no Brasil”, diz Camargo. A meta, conta, é atingir os mesmos 5% de participação de mercado atingido em aves e suínos no segmento bovino. Para este ano, a previsão é atingir um faturamento de R$ 50 milhões. O número é o mesmo divulgado no ano passado, quando a companhia teve seus planos frustrados pela forte alta no frete marítimo após o agravamento da guerra entre Israel e Palestina no Oriente Médio e acabou encerrando o período com resultado estável, de R$ 35 milhões. “Acabamos não aproveitando tão bem alguns momentos de fechar o frete com valor mais baixo, então perdemos pouco competitividade, mas este ano tudo está caminhando para atingirmos esse resultado”, justifica o executivo. Segundo o executivo, o crescimento deve ocorrer a partir do ganho de participação de mercado, já que parte de seus concorrentes tiveram quebra na cadeia de fornecimento este ano. Com isso, a venda de vitaminas deve representar 90% do faturamento comparado a 70% no ano passado, garantindo maiores margens quando comparado a aminoácidos, ingrediente de menor valor agregado. No setor de nutrição humana, de atuação mais recente, a previsão é fechar o ano com um faturamento de R$ 5 milhões. “Ainda é pouco perto do que a gente esperava. Para o ano que vem, a gente espera ter um aumento bem maior a fim de compensar o que a gente não atingiu esse ano”, completa o executivo.
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