O retorno da Índia derruba os preços mundiais do arroz
O retorno da Índia derruba os preços mundiais do arroz Em setembro, os preços mundiais do arroz caíram apenas 1% Infoarroz Publicado em 15/10/2024 às 14:25h. Compartilhe: Indique a um amigo! Estimado usuário. Preencha o formulário abaixo para remeter a página. Foto: Pixabay Em setembro, os preços mundiais do arroz caíram apenas 1%, devido à fraca demanda de importação. Esta leve queda não incluiu o impacto do retorno da Índia ao mercado de exportação, anunciado em 28 de setembro. Uma semana antes, a supressão do preço mínimo de exportação do arroz basmati foi o primeiro sinal de flexibilização das restrições impostas em julho de 2023. Mas no início de outubro, os preços mundiais reagiram com uma queda de 10% em poucos dias, atingindo o nível mais baixo desde julho de 2023. Em meados de outubro, enquanto os preços de exportação asiáticos continuavam caindo, os preços indianos se fortaleceram um pouco devido a novas demandas de importação. Com o fim da proibição de exportações (exceto para o arroz quebrado) e a redução das tarifas de exportação, incluindo para o arroz parboilizado, os principais países importadores estão voltando ao mercado. No entanto, a demanda de importação ainda se mantém moderada enquanto os preços de exportação não se estabilizarem. Desde o anúncio do retorno da Índia, o mercado internacional de arroz enfrenta uma forte volatilidade nos preços, que provavelmente vai durar várias semanas antes de se estabilizar. Os exportadores asiáticos se veem obrigados a ajustar seus preços com base nos novos preços indianos, que, por sua vez, flutuam de acordo com as novas demandas de importação. Além disso, os estoques dos exportadores encontram-se relativamente altos e as safras principais asiáticas começaram a chegar ao mercado, e seriam melhores do que o esperado. Isso foi, em parte, o que levou a Índia a retomar suas exportações. Portanto, a oferta mundial de exportação vai aumentar nos próximos meses, e provavelmente a tendência de queda dos preços mundiais continuar pelo menos até o início de 2025. Em setembro, o índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO) caiu apenas 3,1 pontos para 271,9 pontos (base 100 = janeiro de 2000) contra 275,0 pontos em agosto. No entanto, em meados de outubro, o índice IPO já havia caído quase 20 pontos, para 254 pontos. Produção mundial Segundo estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2023 aumentou 1,2%, para 805,0 Mt (534,4 Mt base beneficiado) contra 791,6 Mt em 2022. ,Esse aumento reflete as boas colheitas na Ásia, África e América do Norte. No Paquistão, a produção aumentou 30%, compensando parcialmente as reduções na Índia, Tailândia e China. Nos Estados Unidos, a produção registrou uma forte recuperação de 37%, retornando ao nível de 2021. Em contraste, a produção no Mercosul voltou a cair devido às más condições climáticas. Em 2024, novas projeções indicam que a produção mundial poderá atingir um nível recorde de 812 Mt (539,2 Mt base beneficiado), graças principalmente às melhorias substanciais na produção indiana. E possível que nos próximos dois ou três anos, a Índia supere a China para se tornar o maior produtor mundial de arroz. Comércio e estoques mundiais O comércio mundial de arroz em 2023 caiu 6,2%, para 52,9 Mt, contra 56,4 Mt anteriormente. A redução deve-se principalmente à queda das importações chinesas bem como ao aumento da produção em algumas regiões deficitárias, especialmente na África, Oriente Médio e sul da Ásia. O embargo da Índia sobre suas exportações de arroz branco não-basmati acentuo ainda mais a queda no comércio mundial. O forte aumento dos preços mundiais, em grande parte devido a essas restrições, obrigou alguns países importadores a adiar e/ou reduzir suas demandas de importação. No entanto, parte da queda nas exportações indianas foi compensada pela Tailândia e Vietnã, que aumentaram suas vendas em 15% em 2023, enquanto as exportações totais da Índia caíram 20%. Em 2024, o comércio mundial deve cair novamente 1,5%, para 52,1 Mt. Em contraste, as primeiras projeções para 2025 indicam uma recuperação significativa do comércio mundial, de 4,1%, para 54,3 Mt. Essas projeções provavelmente serão revistas após o retorno da Índia e poderiam se aproximar do nível recorde de 2022. Os estoques mundiais de arroz terminando em 2023 diminuíram levemente para 193,8 Mt, contra 194,3 Mt em 2022, representando 37% das necessidades de consumo mundial. Os estoques chineses teriam diminuído novamente em 2023 para compensar a queda na produção e a redução das importações. No entanto, as reservas chinesas continuam abundantes, cobrindo 70% do consumo doméstico anual e 50% dos estoques mundiais. Na Índia, os estoques aumentaram 5%, devido principalmente às restrições de exportação. As reservas dos principais países exportadores totalizaram 57,5 Mt em 2023, ligeiramente abaixo de 2022, representando 30% dos estoques mundiais. Em 2024, espera-se que os estoques se recuperem em 2,7%, estimados e
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