Exportações brasileiras para os países árabes se aproximam de recordes históricos

Logística e Transporte Exportações brasileiras para os países árabes se aproximam de recordes históricos Entre janeiro e setembro, vendas aumentam 25,64% e superávit já ultrapassa o total de 2023 Publicado em: 17/10/2024 às 18:40hs As exportações brasileiras para a Liga Árabe estão projetadas para atingir um novo recorde em receita ao final de 2024, conforme avalia a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. No acumulado de janeiro a setembro, as vendas para os 22 países membros da entidade diplomática cresceram 25,64% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 17,72 bilhões. O superávit gerado no período alcançou US$ 9,74 bilhões, valor que já supera o total registrado em todo o ano de 2023, que foi de US$ 8,68 bilhões. Os principais produtos que impulsionaram esse desempenho foram açúcar, proteínas animais e minério de ferro. A demanda por esses itens continua elevada, o que indica um consumo crescente na região, juntamente com a continuidade dos projetos de infraestrutura, mesmo diante de recentes revisões nos investimentos governamentais em uma economia menos dependente do petróleo. O agronegócio teve um papel fundamental, respondendo por 74,85% das exportações totais. As vendas do setor cresceram 25,52%, alcançando US$ 13,26 bilhões. Entre os produtos, açúcar, frango, milho, carne bovina e soja lideraram os embarques, todos com aumentos significativos nos volumes enviados, exceto a soja, que apresentou uma queda de 7%. As vendas de açúcar, por exemplo, aumentaram 47,80%, totalizando US$ 4,97 bilhões, com os Emirados Árabes Unidos à frente nas compras, adquirindo US$ 997,26 milhões do produto — três vezes mais do que no período anterior. A maior parte do açúcar foi destinada à reexportação, sendo reembalada sob rótulos emiráticos. As exportações de frango também mostraram um crescimento de 9,72%, chegando a quase US$ 2,76 bilhões. Os Emirados Árabes lideraram as compras, totalizando US$ 744,17 milhões (alta de 10,21%), seguidos pela Arábia Saudita (US$ 628,04 milhões, com queda de 1,52%, mas um aumento de 5,32% nos volumes) e pelo Iraque (US$ 319,69 milhões, alta de 40,13%), que registrou um dos maiores aumentos de demanda na região. O milho, utilizado como insumo na produção de carne de frango e na indústria alimentícia, especialmente na Arábia Saudita, apresentou um aumento nas vendas de 35,04%, totalizando US$ 1,52 bilhão. Em contraste, as receitas da soja caíram 23,05%, atingindo US$ 986,13 milhões. As exportações de bovinos já alcançaram níveis recordes, superando o total vendido em 2019, que até então era o melhor ano da série. De janeiro a setembro, as receitas aumentaram 88,95%, totalizando US$ 1,44 bilhão, com os Emirados Árabes na liderança (US$ 547,02 milhões, alta de 168,56%), seguidos pelo Egito (US$ 244,37 milhões, aumento de 22,54%) e pela Arábia Saudita (US$ 203,04 milhões, aumento de 26,13%). Mohamad Mourad, secretário-geral da Câmara Árabe, destaca que esses resultados evidenciam a importância dos mercados árabes nas exportações brasileiras. "Desde o final da década de 1970, os países árabes vêm fortalecendo suas relações comerciais com o Brasil, que desempenha um papel crucial na segurança alimentar do bloco", afirma. Embora o atual conflito no Oriente Médio deva ser considerado um ponto de atenção para o setor exportador, Mourad ressalta que, até o momento, a situação não afetou diretamente os grandes mercados da região e não desacelerou o ritmo das exportações. "Conflitos anteriores aumentaram os custos logísticos, mas nunca prejudicaram as vendas de forma significativa, visto que exportamos muitos produtos essenciais. Esperamos que este conflito se resolva o mais breve possível", conclui. O secretário-geral espera que os embarques mantenham um ritmo intenso até o final do ano, com importadores buscando reforçar seus estoques para o Ramadã, mês sagrado muçulmano, que no próximo ano terá início mais cedo, no final de fevereiro. Fonte: Portal do Agronegócio ◄ Leia outras notícias

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