Alta do óleo de soja impulsiona preço do grão na bolsa de Chicago

Elevação nos valores do petróleo mexeram com as cotações dos grãos nesta terça-feira O preço da soja avançou na bolsa de Chicago, seguindo principalmente a valorização do óleo de soja, que na sessão desta terça-feira (22/10) subiu mais de 3%. No caso da oleaginosa, os contratos para novembro tiveram alta de 1,10%, a US$ 9,9175 o bushel. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural De acordo com Leonardo Martini, consultor em gerenciamento de risco da StoneX, a alta do petróleo foi desencadeada pelo aumento das tensões no Oriente Médio, com o conflito entre o Hezbollah e forças militares de Israel. Saiba-mais taboola “Os dados recentes sobre demanda por grãos dos EUA funcionam como suporte para os fundos de investimento entrarem comprados [apostando na alta dos preços]”, acrescenta o analista. Ontem, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) apontou aumento de 28% nas exportações de soja do país na semana passada, com a negociação de 2,44 milhões de toneladas. Ainda segundo Martini, mesmo que as chuvas em áreas produtoras de soja do Brasil tragam algum alento sobre o atraso nos trabalhos, elas acontecem de forma irregular. Sob essas condições, o clima funcionaria como um fator de alta para as cotações. Por outro lado, a colheita americana caminha a passos largos, e deve segurar o ímpeto de altas maiores para a soja na bolsa. Até o último domingo, os produtores colheram 81% da área em 2024/25. Nessa mesma data do ano passado, o percentual atingia 72%, e a média para os últimos cinco anos é de 67%. “Com fatores positivos e negativos, o mercado pode entrar em um ‘cabo de guerra’ no curto prazo. No entanto, com a colheita mais acelerada dos últimos dez anos, há relatos de revisão para cima de produtividade, e a regularização das chuvas no Brasil, os preços da soja podem voltar a testar novas mínimas”, destaca. Milho A alta do petróleo no mercado internacional provocou uma alta nas cotações do milho na bolsa de Chicago. Os lotes para dezembro subiram 1,71%, para US$ 4,1650 o bushel. Com a valorização de mais de 2% do fóssil no início da tarde de hoje, o milho ganha fôlego, pois deixa a gasolina dos EUA mais cara e aumenta a competitividade por etanol no país, que é feito principalmente de milho. O milho subiu, ainda, com o anúncio de novas vendas pelo Departamento de Agricultura americano (USDA), que comunicou a venda de 359,5 mil toneladas do cereal para o México. A alta desta terça só não foi maior devido ao ritmo de colheita nos Estados Unidos. Até o último domingo, a ceifa atingiu 65% da área, acima dos 55% registrados um ano antes. Trigo O preço do trigo foi arrastado pela alta dos demais grãos em Chicago. Os papéis que vencem em dezembro subiram 0,66%, a US$ 5,76 o bushel. As projeções pessimistas para o maior produtor e exportador de trigo do mundo, a Rússia, também apoiaram a valorização. A consultoria SovEcon, em sua primeira previsão para a safra russa em 2025, estimou que a colheita do cereal no país pode chegar a 80,1 milhões de toneladas, abaixo das 81,5 milhões deste ano, e também inferior as 88,1 milhões da média dos últimos cinco anos.

Alta do óleo de soja impulsiona preço do grão na bolsa de Chicago
Elevação nos valores do petróleo mexeram com as cotações dos grãos nesta terça-feira O preço da soja avançou na bolsa de Chicago, seguindo principalmente a valorização do óleo de soja, que na sessão desta terça-feira (22/10) subiu mais de 3%. No caso >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET