Preço da soja abre a sessão em queda na bolsa de Chicago

Milho e trigo também operam em baixa nesta manhã Uma potencial mitigação dos riscos para a cadeia da soja - seja pela valorização dos derivados, ou pelas chuvas que chegaram ao Brasil e deram um ‘arranque’ no plantio - somada ao avanço da colheita americana pressionam as cotações novamente na bolsa de Chicago. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural Na abertura desta quarta-feira (23/10), os papéis da oleaginosa com vencimento para novembro estão cotados a US$ 9,9050 o bushel, queda de 0,18%, mesmo com o óleo se mantendo valorizado. Saiba-mais taboola A consultoria Granar, em seu comentário de abertura do pregão, acrescenta a variável de plantio nas zonas produtoras da Argentina, que estão a ponto de começar, e arrefecem as preocupações de mercado sobre oferta e qualidade na safra 2024/2025. A demanda aquecida pode, entretanto, servir de força contrária para tentar sustentar as cotações em um patamar estável, sem quedas bruscas para os futuros de primeira posição. Nas negociações do milho, cujo vencimento está programado para dezembro, há influência do câmbio no Brasil, mas não se expressa nos preços da abertura, que caem 0,42%, a US$ 4,1475 o bushel. Com isso, o preço no mercado doméstico brasileiro vai melhor. “A firmeza dos preços domésticos [mercado brasileiro] sustentaram as cotações futuras. E, apesar do ritmo avançado da colheita nos EUA, acima das referências de anos anteriores, a firme demanda internacional pelo cereal norte-americano continua dando suporte à commodity em Chicago”, avalia os consultores da Agrifatto, no boletim diário divulgado esta manhã. O trigo segue o caminho do milho e registra queda de 0,95%, ainda sem mudanças nos fundamentos, com expectativa para escoamento da safra russa e finalização da norte-americana. A cotação está em US$ 5,7050 o bushel. “A pressão no mercado internacional continua devido à velocidade dos embarques provenientes da zona do Mar Negro, onde se preveem vendas recordes para o décimo mês do ano na Rússia, onde os exportadores parecem ter reagido com mais operações às restrições oficiais”, destaca a Granar.