Aumento da Produção de Feijão no Brasil em Meio à Redução de Áreas Cultivadas
Feijão e Pulses Aumento da Produção de Feijão no Brasil em Meio à Redução de Áreas Cultivadas Avanços tecnológicos e irrigação por gotejamento impulsionam a produtividade do grão Publicado em: 25/10/2024 às 17:00hs No cenário agrícola brasileiro, o cultivo de feijão, uma das leguminosas mais relevantes para o país, tem passado por transformações significativas. Apesar da redução expressiva da área plantada nos últimos anos, a produção desse grão aumentou consideravelmente, resultado da adoção de novas tecnologias. Conforme dados da Embrapa, entre 1974 e 2021, a área plantada de feijão no Brasil sofreu uma diminuição de 39%, mas, paradoxalmente, o volume colhido aumentou em 30%. Esse crescimento é atribuído aos avanços tecnológicos que tornaram as lavouras de feijão mais produtivas. Durante o mesmo período, a produtividade média do feijão apresentou um incremento de 113%. Entre as inovações, a irrigação por gotejamento destaca-se como uma tecnologia fundamental para esses resultados, otimizando o uso da terra e dos recursos hídricos. Warlen Pires, especialista agronômico da Netafim, enfatiza a relevância da fertirrigação no sucesso das lavouras. “Com a fertirrigação, conseguimos fornecer nutrientes diretamente na raiz da planta, aproveitando cerca de 90% da água utilizada e otimizando o uso de fertilizantes. Isso tem sido essencial para melhorar a produtividade do feijão, especialmente em áreas onde a terra cultivada está diminuindo”, afirma Pires. Atualmente, a agricultura empresarial domina a produção de feijão no Brasil, respondendo por 76,9% da produção total. A agricultura familiar é responsável pelo restante, com a seguinte distribuição: 41,8% de feijão preto, 11,6% de feijão de cores, 34,4% de feijão fradinho e 55,6% de feijão verde. No Nordeste, onde a agricultura familiar é mais presente, a produtividade média é de 480 kg/ha, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste, onde os sistemas de irrigação são mais comuns, as médias alcançam 2.178 kg/ha e 1.795 kg/ha, respectivamente, evidenciando as diferenças de eficiência. Além de elevar a produtividade, a irrigação por gotejamento também contribui para a redução dos custos de produção. Pires destaca que “o uso da irrigação por gotejamento subterrâneo pode evitar doenças que prosperam em microclimas úmidos, reduzindo a necessidade de defensivos agrícolas. Em uma propriedade em Paraúna, o produtor atingiu uma média de 60 sacas por hectare, economizando na aplicação de fungicidas”. Embora o cultivo de feijão apresente desafios, como a alta demanda hídrica e os custos de produção elevados, ele se beneficia de inovações, como a irrigação por gotejamento, que promove o uso eficiente da água, diminui a necessidade de expansão de áreas cultivadas e eleva a sustentabilidade do processo produtivo. A Netafim, pioneira nesta tecnologia, tem auxiliado os produtores a superar esses desafios, oferecendo soluções personalizadas que promovem uma maior eficiência na utilização de recursos essenciais, como água e nutrientes. À medida que a área cultivada com feijão continua a diminuir no Brasil, a crescente produtividade revela que o futuro do cultivo dessa leguminosa está intrinsicamente ligado à adoção de novas tecnologias e à otimização dos recursos disponíveis. Assim, a irrigação por gotejamento se torna não apenas uma solução imediata, mas uma estratégia crucial para garantir a sustentabilidade e competitividade do feijão no mercado global. Fonte: Portal do Agronegócio ◄ Leia outras notícias
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