Conheça a fazenda de café dos irmãos que dirigem a 3 Corações

Pedro, Paulo e Vicente Lima investiram R$ 14 milhões no processamento indoor de café na Chapada de Minas Em 2015, os irmãos potiguares Pedro, Paulo e Vicente Lima, donos da indústria de café 3 Corações, se apaixonaram e compraram uma fazenda em Angelândia, na Chapada de Minas, que tinha dado seus primeiros passos na cafeicultura em 1975, quando chegaram os pioneiros da cultura ao Vale do Jequitinhonha, que na época era uma das áreas mais pobres de Minas Gerais. Leia também Café da Chapada de Minas vence prêmio e alcança R$ 5.500 a saca Programa quer recuperar áreas degradadas com cultivo de café canéfora em SP Café da Chapada Diamantina, na Bahia, ganha Indicação Geográfica A fazenda pertencia a uma joint venture, que havia adquirido a terra em 2012 de uma empresa de construção civil. Segundo Rodrigo Crimaldo Mendes, gerente da fazenda, ninguém sabia qual era a variedade das primeiras mudas de café plantadas na propriedade então de 474 hectares, mas logo descobriram que o café tinha um grande diferencial de qualidade. Atualmente a Fazenda Sequóia tem 3.906 hectares localizados na confluência entre os biomas Cerrado e Mata Atlântica, em uma das regiões mais altas da Chapada de Minas (1.200 metros de altitude) e coleciona prêmios por seus cafés especiais. Café da Fazenda Sequóia apresenta alta qualidade Divulgação Na área cultivada, são 750 hectares de café (sendo 616 irrigados), 660 hectares de cereais, 200 hectares de eucalipto e 62 hectares de mogno. As áreas de reserva legal, de preservação permanente, de reconstituição de flora e de recuperação de áreas degradadas somam 2.244 hectares. Segundo o gerente, Vicente, o diretor de marketing e cadeia de suprimentos da 3 Corações, se abrigou na Sequóia durante a pandemia e percebeu que seria necessário melhorar o sistema de pós-colheita da fazenda para melhorar a qualidade e resolver um dos problemas da região: a falta de mão-de-obra. Por isso, nos últimos dois anos, a holding familiar investiu R$ 14 milhões para fazer o processamento de café indoor com maquinário moderno automático, que inclui descascador importado da Colômbia, 18 secadores e substitui a escassa mão-de-obra. A fazenda tem 115 funcionários e mais 80 safristas. Rodrigo Crimaldo Mendes, gerente da fazenda Sequóia, mora na propriedade desde 2009 Eliane Silva/Globo Rural Na Sequóia, que tem certificação da Rainforest Alliance e da BSCA (cafés especiais), são cultivadas 13 variedades de arábica, algumas mais resistentes à ferrugem. Uma nova cultivar desenvolvida na fazenda nos últimos anos que leva o nome de amarelão deve ser lançada na Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte, de 20 a 22 de novembro. “É um grão grande, mas de peneira baixa, que tem produzido um café surpreendente”, diz o gerente, que mora na propriedade desde 2009. Foi com essa variedade que Mendes conquistou neste mês o primeiro lugar na categoria de café natural no 3º Prêmio Chapada de Minas, promovido pelo Sebrae e o Instituto do Café da Chapada de Minas (ICCM) em Capelinha, e ficou em segundo no café cereja descascado, repetindo os prêmios conquistados no concurso do ano anterior. Os cafés da Sequóia são exportados para Bélgica, Países Baixos, Polônia, Eslovênia e República Tcheca. Neste ano, entre junho e julho, foram colhidas 23 mil sacas de 60 quilos e no ano passado, 19 mil sacas. A estimativa da nova safra, que já teve duas floradas, é de 14 mil sacas, com uma produtividade média de 28 sacas por hectare. Cerca de 10% dos grãos são do tipo especial, ou seja, têm notas acima de 80 pontos na escala de pontuação (SCA) que vai até 100. Pela topografia, a operação na fazenda é 95% mecanizada. Mas, na prática, a mecanização atinge 85% devido aos novos cafezais, de até quatro anos, que precisam ser colhidos manualmente. Depois da colheita e processamento na fazenda, o café segue para armazenamento e comercialização em Varginha, a 800 quilômetros de distância. Mendes diz que não há comércio de café com a indústria 3 Corações para evitar conflito de interesses. A exceção é o café assinado pelo chef Alex Atala, produzido na Sequóia e comercializado pela indústria dos três irmãos. Nos próximos meses, devem ser plantados na fazenda 300 hectares de café robusta amazônico para testar a adaptação do novo tipo na região e dois hectares de uva, visando instalar uma vinícola em alguns anos. As áreas de reserva legal, de preservação permanente, de reconstituição de flora e de recuperação de áreas degradadas somam 2.244 hectares Divulgação “Com essas novidades, queremos reforçar nossa missão de gerar valor e conhecimento na região, mas não vamos abrir nenhuma área nova de plantio”, diz Mendes, ressaltando o pilar de sustentabilidade ambiental da fazenda, que segue junto com os pilares de sustentabilidade social e econômica. O gerente diz que a fazenda recebeu recentemente a visita do enólogo da rede Fasano, que considerou bom o clima, altitude e amplitude térmica do local para o plantio de uvas. O projeto da vinícola t

Conheça a fazenda de café dos irmãos que dirigem a 3 Corações
Pedro, Paulo e Vicente Lima investiram R$ 14 milhões no processamento indoor de café na Chapada de Minas Em 2015, os irmãos potiguares Pedro, Paulo e Vicente Lima, donos da indústria de café 3 Corações, se apaixonaram e compraram uma fazenda em Angel >>>

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