SLC Agrícola fechou terceiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 17 milhões
Companhia vê melhora no 4 trimestre com entrega acelerada de algodão A SLC Agrícola, que comercializa soja, algodão, milho, sementes e tem negócios com pecuária bovina, encerrou o terceiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 17,3 milhões, revertendo o lucro de R$ 167,3 milhões que havia registrado no mesmo período do ano passado. Initial plugin text A companhia informou em relatório que o prejuízo deveu-se à queda do resultado bruto do milho e à marcação negativa do ativo biológico (receita e custo) e do valor realizável líquido dos estoques, compensado parcialmente pelo reconhecimento de créditos tributários decorrentes de decisão judicial. A receita líquida da SLC Agrícola encolheu 1% no terceiro trimestre, para R$ 1,63 bilhão. As vendas de algodão em pluma aumentaram 46,4% em volume, alcançando 83,3 mil toneladas, mas teve queda de 12,1% no valor recebido por tonelada. As vendas de caroço de algodão aumentaram 12,3% no trimestre, para 137,2 mil toneladas. As vendas de soja em grão e sementes aumentaram 97,8%, para 136,1 mil toneladas - variação explicada pelo atraso na safra 2023/24. O volume de milho comercializado, por sua vez, encolheu 41,4%, para 393 mil toneladas. Em pecuária, a SLC elevou em 77,7% as vendas de gado, para 15.174 cabeças. O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) teve queda de 5,8% no trimestre, para R$ 463,1 milhões. A margem Ebitda ajustada caiu 1,4 ponto percentual, para 28,4%. A geração de caixa no trimestre ficou positiva em 147,5 milhões, com queda de 74,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2023. O resultado reflete o término do pagamento de insumos e início do faturamento do algodão e do milho da safra 2023/24. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda Ajustada subiu para 2 vezes, ante 1,06 vezes no fim de 2023. No fim de outubro, a SLC entrou com pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários de oferta pública de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA), para captação de R$ 400 milhões. O objetivo, segundo a companhia, é obter recursos para alongar o perfil da sua dívida a um custo competitivo. A companhia também anunciou a compra de 18,8% da sua controlada indireta SLC Landco por R$ 524,8 milhões. O pagamento será em duas parcelas: um terço pago em outubro e dois terços em março de 2025. Safra 2024/25 A SLC Agrícola informou que está ampliando em 11% a área plantada em 2024/25, para 733,9 mil hectares. Desse total, 51,5% receberá soja; 26,2%, algodão; 16,3%, milho e o restante será dividido em outras culturas. O aumento de área plantada reflete as últimas operações divulgadas, ampliação da parceria com o Grupo Soares Penido, a joint venture criada com a Agropecuária Rica e o novo contrato de arrendamento celebrado no Piauí. A expectativa da empresa é que o clima ajude na produtividade das culturas. Com as chuvas normalizadas no Mato Grosso a partir da segunda quinzena de outubro, a empresa já plantou 77,5% da área prevista para a soja. Em relação à produtividade, a SLC espera aumento de 0,6% na produtividade da soja na safra 2024/25 em relação ao ciclo anterior; 2,3% no caso do algodão em pluma de primeira safra; 2,5% para o algodão segunda safra; 2,3% no caso do caroço de algodão e apenas o milho de segunda safra pode ter a produtividade comprometida e cair 0,6%. Os custos por hectare orçados para a safra 2024/25 apresentam 5,2% de queda em relação ao orçado da safra 2023/24. Para o algodão primeira safra, a expectativa é de uma baixa de 2,5%, e para a segunda safra, queda de 2%. No caso da soja, a expectativa é que o custo recue 8,3%; e para o milho, a queda deve ser de 7,8%. A companhia também informou que avançou na posição de hedge para commodities e câmbio. No caso da soja, 63,6% da safra 2024/25 está protegida. No caso do algodão o índice de hedge é de 44% e no milho, 18%. Para a safra 2025/26, a SLC já iniciou a compra dos insumos, com a aquisição de 80% do cloreto de potássio, além de travar 33,7% da soja, considerando os compromissos. Para a safra 2024/25, a empresa já comprou 100% dos fosfatados, 100% do cloreto de potássio, 100% dos nitrogenados e 96% dos defensivos. Os custos por hectare orçados para a safra 2024/25 apresentam 5,2% de queda em relação à temporada 2023/24.
Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET