'Não há crise no agro', diz vice-presidente financeiro do Banco do Brasil

Geovanne Tobias afirma que setor tem 'questões pontuais que já está sendo endereçada' O vice-presidente financeiro do Banco do Brasil, Geovanne Tobias, disse não há uma crise no segmento do agronegócio. "É uma questão pontual, que está sendo endereçada", comentou em coletiva. Segundo ele, este ano houve um volume maior de recuperações judiciais (RJ) no agro, que não é a melhor solução para o agricultor. Saiba-mais taboola Tobias e a presidente do BB, Tarciana Medeiros, apontaram que existe uma questão de advocacia predatória que tem levado muitos agricultpres à RJ, mas sem explicar que no agro ela é diferente de uma empresa normal. Para uma PJ, o empresário faz a RJ e depois pode abrir outro CNPJ. No agro, em caso de RJ ele fica marcado na propriedade. "Ele fica estéril para crédito em todo o sistema financeiro", disse Tarciana. Segundo ela, sem considerar as RJs, a inadimplência no agro estaria perto de 1,70%, ante o número de 1,97% que o banco divulgou. Questionado sobre a expectativa futura para o indicador, Tobias disse que os dados indicam um pico de RJs no agro em outubro e, depois, uma diminuição. "Na medida em que aumentamos desembolsos do Plano Safra, a inadimplência no agro tende a se estabilizar." Já o vice-presidente de riscos, Felipe Prince, acrescentou que talvez no quarto trimestre ainda haja uma pequena elevação da inadimplência do agro, mas em 2025 haverá uma normalização. "Ela vai voltar para mais perto dos patamares históricos. Não vai ser perto de 2% como estamos agora." Tarciana disse que o BB está muito próximo dos clientes, conversando com cada um, especialmente no Centro-Oeste e na cultura de soja. O banco está explicando as desvantagens da RJs e buscam trazer de volta clientes que no Plano Safra anterior foram para rivais. Ela apontou que o Plano Safra 2024/2025 começou mais fraco, mas agora o banco recuperou o ritmo e já desembolsou R$ 100 bilhões." Nós somos o banco do agro. No sol e na chuva, na seca e na cheia. Estamos próximos e relevantes na vida dos clientes em todos os momentos. Não só no dia dele pagar a operação e a gente ganhar o spread, é também quando o cliente precisa de nós."

'Não há crise no agro', diz vice-presidente financeiro do Banco do Brasil
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