Com adesão de 41 países, Aliança Global contra a Fome tem meta de alcançar mais de 500 milhões de pessoas no mundo
O projeto se baseia em quatro pilares: expansão das refeições escolares, intervenção na saúde materna e de primeira infância; inclusão socioeconômica; além da transferência de renda Com meta de alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda, a Aliança Global contra a Fome, iniciativa da presidência brasileira no G20, já conta com 41 países, 13 organizações internacionais e instituições financeiras, e 19 instituições filantrópicas, organizações da sociedade civil e ONGs. O projeto se baseia em quatro pilares: expansão das refeições escolares, intervenção na saúde materna e de primeira infância; inclusão socioeconômica; além da transferência de renda. As ações e as metas da aliança serão anunciadas nesta sexta-feira (15), durante coletiva do ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Em seguida, elas serão detalhadas no G20 Social, no painel chamado “Sprints 2030”. A aliança será oficialmente lançada na próxima segunda-feira (19), no primeiro dia da cúpula dos líderes do G20, que reúne as maiores economias do mundo. Em julho, o governo brasileiro fez o pré-lançamento da iniciativa durante evento paralelo às reuniões dos ministros de desenvolvimento do grupo. Na ocasião, o Brasil abriu o projeto para os países aderirem à aliança. Para fazer parte da iniciativa, os países não precisam ser do G20, já que ela funcionará como uma plataforma para conectar as nações com instituições financeiras e organismos internacionais para a implementação de uma “cesta” de políticas públicas cuja eficácia já foi reconhecida. Como funcionará Na prática, isso significa que um país com uma parcela grande da população vivendo abaixo da renda mínima poderá receber ajuda de bancos de desenvolvimento para financiar projetos e ter a consultoria dos organismos internacionais para implementá-los. Já os países desenvolvidos poderão ajudar tanto financeiramente quanto com expertise e tecnologia. A primeira meta da Aliança Global é alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferências de renda e sistemas de proteção social em países de baixa e média baixa renda até 2030. De acordo com o governo brasileiro, países como Togo, Chile e Nigéria se comprometeram a ampliar programas de subsídio social do tipo para estender o benefício a mais famílias de baixa renda e grupos marginalizados. A iniciativa prioriza oferecer conhecimento, apoio técnico e financeiro aos países que estão criando ou expandindo seus programas, incluindo a criação de sistemas de pagamento digital. Entre os planos, está a criação de um “pooling virtual” para combinar contribuições financeiras de vários fundos e fontes para reduzir os custos de transação e ajudar os governos implementadores a iniciar benefícios de proteção social em maior escala. Nesta área, os governos de Portugal e Reino Unido vão atuar em colaboração com instituições internacionais — como Organização Mundial do Trabalho (OIT), Unicef e Programa Mundial de Alimentos (PAM) — para expandir e sistematizar o apoio financeiro e técnico às nações de baixa e média renda. Alimentação escolar Na área de merenda escolar, o objetivo é dobrar o número de crianças que recebem refeições diárias em países de baixa renda, chegando a 150 milhões de crianças até 2030. A Nigéria, que possui o maior programa de refeições escolares da África, se comprometeu a dobrar a cobertura para 20 milhões de crianças e integrar a produção a fazendas para apoiar a produção local de alimentos. Brasil, Bolívia e Senegal, entre outros governos, comprometeram-se a ampliar soluções de cisternas e irrigação, com a Bolívia investindo em sistemas de irrigação avançados para aumentar a produtividade das colheitas. Em reconhecimento aos pequenos produtores e à agricultura familiar, que produzem até 70% dos alimentos consumidos em países de renda baixa e média-baixa, o Brasil se comprometeu a lançar uma Iniciativa de cooperação Sul-Sul que conectará agricultores familiares a programas locais de merenda escolar. O programa terá parceria com Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA). Entre os compromissos mais importantes estão o do Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar (GAFSP), que prevê a disponibilização de até US$ 182 milhões em financiamento para combater a fome e a pobreza nos países mais pobres e vulneráveis, e o do FIDA, que busca dobrar seu impacto até 2030, por meio de um programa de trabalho de US$ 10 bilhões até 2027. Wellington Dias, ministro de Desenvolvimento Social Tomaz Silva/Agência Brasil Além disso, França, Alemanha, Noruega, Reino Unido e a União Europeia reafirmaram ações para avançar na implementação de programas de apoio à agricultura familiar e de pequenos produtores em todo o mundo. Suporte financeiro Já os programas de inclusão socioeconômica pretendem atingir mais 100 milhões de pessoas, com suporte como orientação, microcrédito e
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