Basf pretende lançar 24 produtos no Brasil na próxima década

Duas soluções prometem o controle da cigarrinha do milho e de nematoides das lavouras de soja Até 2035, a Basf pretende lançar 24 produtos de proteção de cultivos no Brasil, entre fungicidas, inseticidas, herbicidas e tratamentos químicos e biológicos de sementes. Além desses produtos, também serão lançadas novas variedades de sementes de soja, algodão e arroz. Initial plugin text “O Brasil é atualmente a região alvo da companhia, porque fazer agricultura em país tropical é desafiador, pois além da riqueza em luminosidade e água, há muita praga, doença e planta daninha”, diz Marcelo Ismael, diretor de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento da Basf. Neste contexto, duas novas soluções que prometem auxiliar o agricultor no controle de doenças nas lavouras de milho e de soja serão lançadas nos próximos cinco anos: um defensivo para o milho e uma nova semente de soja, que tiveram investimentos estimados em cerca de 500 milhões de euros. Embora a Basf não divulgue os valores aplicados individualmente em novos produtos, estima aportes de 300 milhões de euros e 12 anos de pesquisa no desenvolvimento de uma nova molécula de defensivo. Em sementes, os projetos em biotecnologia da companhia levam de 12 a 15 nos e custam 200 milhões de euros até o lançamento. Marcelo Ismael, diretor de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento da Basf Basf/Divulgação Controle da cigarrinha do milho A primeira tecnologia chega ao mercado já em 2025 e promete o controle da cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), considerada uma das piores pragas da cultura. A cigarrinha transmite bactérias da classe Mollicutes que comprometem a produtividade e trazem enormes prejuízos, podendo gerar perdas de mais de 70% na produção do grão em cultivares suscetíveis. Trata-se de um inseticida produzido com o ingrediente ativo Axalion, uma molécula desenvolvida pela Basf. O novo produto agirá paralisando a alimentação do inseto. O manejo da doença causada pela cigarrinha é difícil em função da dinâmica do inseto no campo. Em contato com uma lavoura já contaminada, a cigarrinha ingere os nutrientes e as bactérias da planta. Ao visitar uma planta sadia, o inseto transmite essa bactéria. Uma vez contaminada com Axalion, a praga não terá mais capacidade de se alimentar, reduzindo a incidência de bactérias nas lavouras. “É um produto inovador porque realmente bloqueia a alimentação do inseto e é possui baixa toxicidade aos animais naturais e organismos benéficos às lavouras”, diz Marcelo Batistela, vice-presidente da Basf Soluções para a Agricultura no Brasil. O controle da cigarrinha requer um manejo integrado, com uso de sementes tolerantes e associação de produtos químicos e biológicos. Também é recomendado evitar plantio escalonado para que a praga não migre de uma lavoura mais velha para mais nova. Cigarrinha do milho IDR-PR / Divulgação Combate ao nematoide da soja A segunda tecnologia contemplará o controle de nematoides na lavoura da soja, doença que causa prejuízos de R$ 16 bilhões aos sojicultores brasileiros, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nematologia. “É uma ferramenta criada a partir da biotecnologia e terá um modo de ação novo, que ainda não foi exposto no mercado. Por isso acreditamos que será uma tecnologia disruptiva”, diz Ismael. De acordo com estudos da Embrapa, mais de 100 espécies de nematoides, envolvendo cerca de 50 gêneros, foram associadas a cultivos de soja em todo o mundo. No Brasil os mais prejudiciais à cultura têm sido os formadores de galhas (Meloidogyne spp.), o de cisto (Heterodera glycines), o das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus), e o reniforme (Rotylenculus reniformis). A soja NRS, desenvolvida pela Basf e que será lançada no Brasil em 2029, apresentou resultados para o controle de nematoide cisto e de lesão, bem como aumento de produtividade em áreas infestadas. “Desde 2017 foram realizados mais de 200 ensaios, com registro de 90% de controle do nematoide de lesão”, explica Batistela. A soja NRS além de proteger a planta do nematoide, também controla os vermes que estão no solo, diminuindo a população. Experimentos mostraram um incremento de produtividade de 12% a 50% em áreas específicas com níveis de infestação variados. “Manejar a população do nematoide de solo é super importante porque no cultivo seguinte ao da soja também será favorecido”, explica Batistela. De acordo com Ademar de Geroni Junior, vice-presidente de Marketing Estratégico da Basf Soluções para Agricultura para América Latina, a Basf já obteve a desregulação para a fabricação do produto no Brasil. “Agora estamos buscando autorização nos países para os quais o Brasil exporta”, diz. Centros de tecnologia A companhia possui dois centros de tecnologia no mundo: nos Estados Unidos, em tratamento de sementes e no Brasil, onde são realizados os estudos para a América Latina, para todos os cultivos de grãos, soja, milho, algodão, trigo, arroz e amendoim. Também possui 23 centros de pesquisa e desenvolvimento na América Latina, sendo 11

Basf pretende lançar 24 produtos no Brasil na próxima década
Duas soluções prometem o controle da cigarrinha do milho e de nematoides das lavouras de soja Até 2035, a Basf pretende lançar 24 produtos de proteção de cultivos no Brasil, entre fungicidas, inseticidas, herbicidas e tratamentos químicos e biológico >>>

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