Seguradoras desenvolvem produtos adequados às diferentes realidades
Margens apertadas no campo afetam decisão do produtor, o que está demandando proatividade das empresas Mesmo com a questão climática elevando os riscos no campo, muitos produtores ainda têm hesitado em investir em seguro rural, uma vez que enfrentam margens mais apertadas devido à acomodação dos preços das commodities, avalia o mercado segurador. Leia também Clima adverso eleva procura por seguro rural em áreas onde havia menos adesão Diante disso, algumas seguradoras têm sido mais proativas para conversar com agricultores, principalmente de Mato Grosso, que sofreu com a seca neste ano, para “abrir a caixa de ferramentas” e desenvolver produtos adequados à realidade local, independentemente da disponibilidade ou não de subvenção, afirma Glaucio Toyama, da FenSeg. Em 2021, 95% das apólices contratadas tiveram apoio do governo. De lá pra cá, o orçamento público caiu e a participação nas contratações totais também, para cerca de 50%. De acordo com Toyama, o mercado de seguros agrícolas busca, com o movimento, ser menos reativo e mais proativo para o segmento. “A percepção de compra do produto está aparecendo, não só do Sul e não só para soja e milho safrinha. Está aparecendo para outros lugares”, avalia. Em entrevista ao Valor em outubro, André Haui, diretor-presidente da BB Seguridade disse que a companhia deve investir no que chama de “hiperpersonalização” dos seguros rurais conforme a região. “Quando a gente vende um seguro desse tipo, não podemos vender o mesmo seguro com a mesma assistência no Sul e no Nordeste”, afirmou na ocasião. “Pensando nos eventos climáticos que afetaram o país, eu não posso vender, por exemplo, um seguro que contempla um risco contra a seca em um lugar que chove. O cliente estaria pagando por algo que não será usado. Com essa customização, buscamos trazer mais vendas e permitir um acesso maior ao produto”, acrescentou. Initial plugin text Segundo Toyama, há um crescente interesse dos produtores de café do Sudeste por seguro e discussões com o setor sucroalcooleiro, afetado pelos incêndios deste ano, para desenvolver produtos. “É uma variedade grande de produtos que as seguradoras têm para oferecer, mas estávamos olhando e nos planejando apenas pelo orçamento do PSR. Precisamos sair disso”, argumenta. Ele diz que as seguradoras “estão virando a página, mas é claro que a subvenção tem que existir e ser consistente”.
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