Bancada ruralista defende que empresas brasileiras parem de fornecer carnes ao Carrefour
Pedro Lupion (PP-PR) disse que a exportação de carnes do Brasil para a França não "significa nada" e que a Europa tenta impor regras à produção nacional O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), defendeu que as empresas brasileiras parem de fornecer carnes a rede de supermercados Carrefour e demais empresas do grupo no Brasil. Leia também Por que o Carrefour não vai mais comprar carne do Mercosul? Entenda ‘Ambientalista hipócrita’: governador de MT sugere boicote ao Carrefour Associações do agronegócio assinam nota de repúdio contra o Carrefour "Sugiro, e já conversei com as entidades de produtores de proteína, que parem de entregar seus produtos para o Carrefour e demais marcas dessa empresa aqui no Brasil, para que eles entendam o que é respeitar o produtor rural brasileiro", afirmou em vídeo publicado hoje. A medida é uma reação à decisão do CEO da empresa na França, Alexander Bompard, anunciada na última quarta-feira (20/11), de que não irá mais comercializar carnes de países do Mercosul nos supermercados do país europeu. "Essa questão do Carrefour é mais uma tentativa de lacração dos franceses que tentam conversar e atender os anseios dos seus produtores rurais e nem isso conseguem", acrescentou Lupion. O parlamentar disse que a exportação de carnes do Brasil para a França não "significa nada" e que a Europa tenta impor regras à produção nacional. "Não aceitamos e não aceitaremos. Se a carne brasileira serve para ser consumida nas lojas do Carrefour e de todas suas outras empresas aqui no Brasil, ela serve também para a Europa", completou. Ele endossou a posição de entidades do setor produtivo divulgada na quinta-feira. Lupion disse que a França é um "adversário estridente e que gosta de lacração", mas disse que como a Danone, que havia dito que não compraria mais soja do Brasil e recuou, o Carrefour também terá que mudar sua posição. "O Carrefour também terá que voltar atrás porque vai sentir no bolso o prejuízo e a insatisfação dos produtores e consumidores brasileiros", completou.
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