Embrapa lança cultivar de amora-preta mais doce e rentável ao produtor
BRS Terena é capaz de gerar cerca de R$30 mil por hectare A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançou uma nova cultivar de amora-preta voltada para o mercado de consumo in natura. A ‘BRS Terena’ combina alta produtividade, sabor mais doce, baixa acidez e longa conservação pós-colheita. Suas principais características são benéficas principalmente para os agricultores que optarem por seu cultivo. Leia mais Tudo sobre Embrapa Com produção média de 1,2 kg por planta, com picos de produção de até 1,8 kg, a amora-preta tem um potencial de lucro líquido em torno de R$ 30 mil por hectare, aponta a pesquisa. Além disso, ela possui menor densidade de espinhos em relação à cultivar Tupy, a variedade mais cultivada no Brasil, o que facilita o manejo e a colheita. A variedade atingiu produções de 1,8 kg por planta na média de quatro safras avaliadas, e superou a Tupy em algumas condições, segundo Andrea de Rossi, pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho (RS) que lidera os experimentos para validação da cultivar em Vacaria (RS), na região dos Campos de Cima da Serra. BRS Terena pode ser mais rentável ao produtor Francisco Lima/Embrapa “A BRS Terena é uma excelente opção para produtores que querem investir no mercado de frutas frescas. Seu sabor mais doce do que ácido e o tempo de prateleira prolongado fazem com que as frutas da cultivar sejam mais atrativas ao mercado”, afirma a pesquisadora Maria do Carmo Bassols Raseira, da Embrapa Clima Temperado (RS), que é coordenadora do projeto de melhoramento de amoras-pretas. A nova cultivar é indicada para as regiões Sul, Sudeste e algumas áreas do Nordeste do Brasil, onde já existem cultivos de amoreira-preta. O lançamento oficial será nesta quarta-feira (27/11), durante o ‘Dia de Campo na Estação Experimental de Fruticultura de Clima Temperado’, em Vacaria, no Rio Grande do Sul. Após o lançamento, as mudas estarão disponíveis para compra em viveiros licenciados. Sabor e qualidade Na BRS Terena, a proporção de açúcar em relação à acidez, responsável pela sensação doce ao paladar, é quase o dobro do obtido na cultivar Tupy, segundo a pesquisadora. Isso resulta em uma fruta mais doce, ideal para o consumo in natura, que segundo o estudo, atende à preferência do mercado brasileiro por frutas de menor acidez. Outra característica é a capacidade de conservação. Em testes realizados no Laboratório de Fisiologia de Pós-colheita da Embrapa Clima Temperado, a nova cultivar manteve sabor, cor e firmeza durante dez dias de armazenamento refrigerado, enquanto outras cultivares apresentaram maior degradação nesse período. “Como o experimento foi por dez dias, pode ser que ainda conserve por mais tempo”, explica Raseira. A Tupy ainda é a cultivar mais plantada no Brasil, em função da sua adaptação ao manejo diferenciado para a colheita programada (escalonamento para época mais lucrativa ao produtor) e a sua produtividade. Porém, de acordo com a pesquisa da Embrapa, novas cultivares, como a BRS Terena, trazem avanços relevantes, como sabor mais doce, maior conservação e facilidade de manejo.
Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET