Pragas do milho: saiba quais são e como
Pragas do milho: saiba quais são e como combater Agronegócio Pragas do milho: saiba quais são e como combaterAs pragas do milho podem gerar danos irreversíveis na lavoura, já que muitas atacam as culturas ainda na fase inicial de desenvolvimento. Logo, saber identificá-las e como combatê-las é a maneira mais eficaz de minimizar os prejuízos na produção agrícola.Neste artigo, vamos apresentar as pragas mais comuns que atingem as plantações de milho.Portanto, leia com atenção para entender como elas agem e quais são as melhores medidas de controle para combatê-las.Acompanhe a seguir! Conteúdo ocultar Quais são as principais pragas do milho?Em geral, a cultura do milho pode ser atacada por mais de 20 tipos de pragas, sendo que esse ataque pode ocorrer desde a germinação das sementes até a maturação dos grãos.Veja as principais a seguir:Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)(Créditos: Paulo Roberto Valle da Silva Pereira | Embrapa Trigo)A lagarta-elasmo possui aparência amarelada ou esverdeada, além de listras e anéis vermelhos no corpo. Apesar de ser pequena (atinge no máximo 2 cm de comprimento), sua presença pode ser devastadora.Essa praga age construindo abrigos no interior do caule do milho, afetando a distribuição de nutrientes e água em toda planta. Com isso, ela murcha e suas folhas secam e caem — esse sintoma é conhecido como “coração morto”.O ataque mais severo da lagarta-elasmo acontece na fase inicial da cultura de milho e pode se tornar mais grave com o período de estiagem.Para controlá-la, é necessário investir no tratamento de sementes com produtos de ação sistêmica e residual. No entanto, se a lavoura estiver sob estresse hídrico, a Embrapa recomenda a utilização do inseticida de ação de contato e profundidade à base de clorpirifós.Larva-alfinete (Diabrotica speciosa)(Créditos: Juliana Verly | Shutterstock)O besouro Diabrotica speciosa é responsável por provocar estragos significativos na lavoura do milho. Na fase larval, essa praga é esbranquiçada, tem cerca de 1 cm de comprimento e permanece, geralmente, em solo com terras escuras e ricas em matéria orgânica.Durante este período, a praga é conhecida como larva-alfinete e consome as raízes do milho, o que reduz a sustentação da planta e prejudica a absorção de água e nutrientes. Essa ação pode fazer com que a planta sofra tombamento e, até mesmo, levá-la à morte.Já na fase adulta, a praga se torna um besouro com coloração verde brilhante e manchas amareladas ovais, que se alimenta de folhas e estilo-estigma (cabelo do milho).Para controlar as larvas, o produtor deve investir no tratamento de sementes e no plantio de cultivares de milho transgênico que expressam a proteína Cry3Bb da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), específica para repelir insetos coleópteros (como besouros e joaninhas).No entanto, em casos de infestação das larvas, o indicado é aplicar defensivos que permaneçam no solo entre 6 e 10 semanas. Para maior duração, recomenda-se produtos granulados ou pulverização diretamente no sulco de plantio.Já na fase adulta, essa praga pode ser combatida por meio de armadilhas luminosas com lâmpadas do tipo BLB (ultravioleta), BL (ultravioleta) e B (azul).Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)(Créditos: Agrobayer)A cigarrinha-do-milho é um das pragas que provocam mais prejuízos à lavoura. Esse inseto é considerado o principal transmissor das bactérias Mollicutes. Sendo assim, é responsável por provocar doenças como a virose do raiado fino e o enfezamento pálido e vermelho do milho.Por ser um inseto sugador, a transmissão ocorre quando as ninfas e adultos da cigarrinha estão se alimentando. Assim, ao sugarem a seiva, essa praga injeta sua saliva contaminada na planta.Entre os sintomas provocados pela cigarrinha-do-milho, estão enfraquecimento, encurtamento de entrenós e formação de fumagina (uma camada de fungos que aparece na superfície da folha e prejudica o processo de fotossíntese).Para controlar e proteger a lavoura da praga, recomenda-se investir em múltiplas estratégias de manejo, como tratamento de sementes em conjunto com a rotação de culturas e o vazio sanitário.No caso de infestação, é necessário investir na aplicação de agrotóxicos na parte aérea da lavoura, preferencialmente inseticidas à base de neonicotinoides, como tiametoxam, imidacloprido e clotianidin.Percevejo-castanho (Scaptocoris castanea)(Créditos: Samuel Roggia | Embrapa)O percevejo-castanho vive em solo úmido e se alimenta das raízes das plantas, prejudicando o sistema vascular das culturas. Como consequência, elas apresentam deficiência nutricional e hídrica, o que as enfraquece e, em muitos casos, as levam à morte.Essa praga pode ser facilmente identificada devido ao forte odor que ela exala ao ser retiradas da terra. Para evitar o seu surgimento, é fundamental adotar medidas de prevenção, enquanto seu controle pode ser feito por meio de aração e gradagem do solo (para expor os insetos aos predadores) e controle biológico com o auxílio do fungo Metarhizium a
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