Análise de solo: como as novas tecnologias colaboram com um diagnóstico mais preciso e rápido

Técnicas foram aprimoradas e condições de medição de parâmetros passaram a ser imprescindíveis para alcançar altas produtividades e melhorar a relação custo X benefício da atividade agrícola Uma das revoluções mais relevantes no mundo foi a adoção da agricultura. A necessidade de produzir alimentos para sustentar as populações foi um dos principais impulsionadores do progresso humano e que moldou a sociedade como a conhecemos hoje. No início, a agricultura era basicamente extrativista, sendo realizada somente em terras argilosas e onde havia um bom regime de chuvas. Com o passar do tempo e o aumento da população, a necessidade de produzir mais alimentos se tornou uma prioridade. Técnicas foram aprimoradas e condições de medição de parâmetros passaram a ser imprescindíveis para alcançar altas produtividades e melhorar a relação custo X benefício da atividade agrícola. Globo Rural Dessas técnicas de medição, uma das que mais trouxe resultados foram as análises de solo, que começaram a ser utilizadas no Brasil na década de 1960, com o Instituto Agronômico (IAC), de Campinas (SP), aplicando técnicas de quantificação de nutrientes, relacionando a resposta das plantas em função da fertilização mineral. O que é análise de solo? Na agricultura, a análise de solo avalia o comportamento do solo em contato com soluções salinas e ácidas, que refletem o comportamento da interação de solos e plantas. Dessa forma, examinamos suas características químicas e físicas, o que nos permite prever seu comportamento durante a interação com as plantas. No decorrer deste último meio século, a análise de solo foi aprimorada no que se diz respeito a estudos de curvas de respostas, adubações e extratores que melhor correspondessem ao comportamento da planta. No Brasil seguimos duas vertentes principais de metodologias de análises, uma liderada pelo IAC e outra pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ambos provedores de ensaios de proficiência, que avaliam o desempenho dos laboratórios. O Ensaio de Proficiência do IAC apresenta métodos robustos de respostas, nos quais os resultados podem ser interpretados utilizando-se o Boletim 100, edição 2022, de própria autoria. A Embrapa, por sua vez, é responsável pelo ensaio de proficiência do Programa de Análise de Qualidade de Laboratórios de Fertilidade (PAQLF), que também apresenta métodos analíticos validados por meio de ensaios robustos, com informações que podem ser interpretadas no livro Correção do Solo e Adubação da Embrapa, com 2ª Edição em 2004. Além disso, profissionais qualificados, sistema de gestão baseado na ISO 17025:2017 e equipamentos automatizados, fazem com que os laboratórios tenham excelência nas análises que são validadas pelos ensaios de proficiências. Leia mais análises e opiniões de especialistas e lideranças do agro Nos últimos anos, a valorização da informação impulsionou uma crescente demanda por análises de solo. No entanto, essa demanda superou a capacidade dos laboratórios existentes, resultando em prazos de até três meses na entrega de resultados. Diante desse cenário, a evolução tecnológica trouxe consigo equipamentos automatizados, inaugurando assim um novo nicho de mercado: a automação laboratorial para análises de solo. Os processos dentro de um laboratório de análise de solo são: cadastro, preparo das amostras, cachimbagem, adição das soluções extratoras, alíquotas após a decantação ou filtração, e quantificação. O cadastro está sendo otimizado com leitores de QRcode, códigos de barra e etiquetas de identificação codificadas, trazendo maior rastreabilidade, agilidade e imparcialidade nessa etapa. O preparo de amostras ainda é um grande desafio a ser otimizado, pois estas são secas ao ar, ou em estufas de circulação forçada a 40° C, (e aqui não tem mágica, é arregaçar as mangas e meter a mão na terra literalmente). Após a secagem, as amostras passam por moagem e peneira de 2 mm caracterizando aqui a Terra Fina Seca ao Ar (TFSA). Tecnologias A processo de cachimbagem ainda é feito de forma manual, não temos automação no mundo que atenda essa etapa. Daqui em diante os processos no laboratório já estão bem evoluídos, a dispensação de solução está automatizada, assim como as alíquotas. As leituras são feitas em equipamentos de espectroscopia de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) que entregam um conjunto de leituras de elementos em 10 segundos por amostras. Assim, estamos conseguindo atender as demandas por informação mais rapidamente (3 a 5 dias) e buscando uma agricultura cada vez mais sustentável. As espectroscopias são técnicas consolidadas que avaliam o solo em parâmetros fixos como carbono, textura entre outras aplicações, porém os nutrientes absorvidos pelas plantas necessitam de extratores específicos que se aproximem dos processos metabólicos. Logo essas novas tecnologias não podem substituir a análise de solo como conhecemos hoje, mas são ferramentas que podem ser utilizadas em conjunto para

Fevereiro 7, 2024 - 06:46
Análise de solo: como as novas tecnologias colaboram com 
um diagnóstico mais preciso e rápido
Técnicas foram aprimoradas e condições de medição de parâmetros passaram a ser imprescindíveis para alcançar altas produtividades e melhorar a relação custo X benefício da atividade agrícola Uma das revoluções mais relevantes no mundo foi a adoção da >>>

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