Itália quer mudança na parte agrícola de acordo com o Mercosul

Comissão Europeia até agora não confirmou presença de sua presidente em Montevideu na sexta-feira A Itália quer modificações na parte agrícola do acordo entre a União Europeia (EU) e o Mercosul, enquanto a viagem da presidente da Comissão Europeia a Montevideu até agora não foi confirmada. Leia também O anúncio político de conclusão da negociação dependeria da Itália, segundo diferentes fontes na Europa. Se Roma apoiar a oposição dos franceses, a presidente da Comissão Europeia teria margem ainda menor para ir a Montevideu e anunciar o compromisso junto com os líderes do Mercosul. De seu lado, o porta-voz de comércio da UE disse ao Valor que contatos nos níveis ‘técnico e político’ continuam entre os dois blocos. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou hoje à agência italiana Ansa: “Somos a favor do acordo com o Mercosul, mas alguns pontos relativos a questões agrícolas precisam ser corrigidos’. Tajani, que falou em Bruxelas, onde participava de uma reunião da Otan, acrescentou: ‘’Portanto, estamos trabalhando para tentar conseguir isso porque, no que diz respeito à política industrial, estamos indo na direção certa’. Reiterou que ‘há algumas questões relativas à agricultura que precisam ser corrigidas, daí nossa decisão de insistir que haja uma mudança”. Tajani sempre foi dado como favorável ao acordo, enquanto o ministro da Agricultura, Francesco Lollobrigida, insistia até recentemente que o compromisso era inaceitável. Se a demanda da Itália for na linha francesa, vai enterrar o acordo, na opinião de importante fonte. Saiba-mais taboola O governo francês tem insistido que não aceitará um acordo cujas disposições de desenvolvimento sustentável não sejam aplicáveis porque não há mecanismo de solução de controvérsias e, portanto, não há sanções’. A França insiste também na inclusão plena das chamadas ‘cláusulas espelho’ que a UE procura implementar na sua política comercial. As ‘clausulas espelho’ se referem à obrigação de que produtos importados de fora da UE, para ter acesso ao mercado comunitário de 27 países membros, cumpram com as mesmas exigências, em termos de processo produtivo, que vem sendo feitas aos produtores europeus, independentemente das suas diferentes realidades produtivas e capacidades dos parceiros. Enquanto isso, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, insistiu que a cúpula do Mercosul na sexta-feira em Montevideu é provavelmente a última oportunidade para finalizar o acordo, e que isso poderia ocorrer em situação em que os dois lados ganham. Para a Alemanha, a presidente da Comissão Europeia tem mandato para fazer a negociação com o Mercosul e deve agir nesse sentido.

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