Ranicultura: entenda os principais pontos sobre o assunto

Apesar do consumo desse tipo de carne ainda não ser tão popular em comparação a de outros animais no país, especialistas afirmam que o clima, o ambiente e o custo de investimento são fatores diferenciais para esse tipo de cultura, somando, claro, ao rico valor nutritivo que o animal pode oferecer à mesa do brasileiro. A ranicultura engloba desde a reprodução até a comercialização de rãs e tem um forte potencial econômico devido à alta demanda por carne de rã, principalmente no mercado externo. Com um manejo adequado e o aproveitamento das condições naturais favoráveis do país, a atividade se destaca como uma alternativa promissora no cenário agropecuário brasileiro. Mas afinal, o que é necessário para se começar um projeto de ranicultura? Quais as vantagens desse negócio? É só a carne que se aproveita do animal? Enfim, nós vamos abordar com mais detalhes ao longo do texto todas as principais questões sobre o assunto. Portanto, boa leitura! O que é ranicultura? A ranicultura é a prática de criar e reproduzir rãs em ambiente controlado, geralmente em cativeiro. Essa atividade é conduzida visando a diversos propósitos, como a produção de carne de rã, a obtenção de sapos para pesquisa científica, a comercialização de girinos para aquarismo, entre outros. Essa prática pode ser realizada em escala comercial ou em pequena escala e têm importância econômica em várias partes do mundo, principalmente em países como a França, a China, a Tailândia e o Brasil. Como a ranicultura vem ganhando espaço no Brasil? A ranicultura tem sido objeto de estudos que destacam atributos adicionais que podem ampliar sua rentabilidade para os produtores. Para começar, a carne da rã se distingue não apenas pelo sabor apurado, mas também por apresentar propriedades medicinais. Por exemplo, a pele do animal contém propriedades cicatrizantes notáveis, o que a torna um recurso valioso, especialmente em procedimentos de tratamento de queimaduras. Além disso, pode ser utilizada para a produção de couro. Já o óleo derivado da rã representa uma fonte lucrativa para os criadores, uma vez que é um componente fundamental na formulação de certos fármacos e produtos cosméticos. O que saber antes de iniciar sua criação de rãs? Perfeitamente adaptáveis a climas quentes e úmidos, as diversas variedades de espécies de rãs têm, no Brasil, o ambiente perfeito e ideal para se proliferarem sem grandes dificuldades. Em alguns casos, é preciso até controlar para que não exceda tanto a criação. Essa facilidade de multiplicação se soma também ao fato de que a ranicultura não depende tanto de equipamentos, procedimentos e investimentos complexos, bastando apenas ter espaço adequado e água de boa qualidade. Qual o local ideal para a ranicultura? Como bem resumimos acima, a ranicultura depende basicamente de água limpa. Logo, tudo o que precisa para dar início a uma criação profissional de rãs é ter um terreno e, basicamente, montar os criadouros, que podem ser em tanques simples de piscicultura. No Brasil, os principais produtores do animal se encontram na região Centro-Oeste do país, com destaque para o estado de Goiás. No entanto, o clima quente e úmido das demais regiões do país é propício para a criação de rãs, seja para consumo próprio, seja para fins comerciais. Além disso, o local de reprodução e criação precisa ser arejado. Em locais mais frios, recomenda-se fechar as laterais e as partes superiores dos criadouros para manter o calor e a umidade. Quais são as fases de vida de uma rã? Em média, as rãs vivem na água ao longo de três meses na primeira fase de vida, ainda como girinos. Ao longo desse período, é notória a transformação quase que diária do anfíbio, até finalmente ganhar a forma de uma rã adulta, que passa a se adaptar à terra também. No entanto, para fins comerciais e de alimentação, bastam pouco mais que quatro meses para o abate, tempo suficiente para que o animal atinja entre 200 e 250 gramas. Vale destacar que esse tempo é médio e que o ambiente e as condições do criadouro podem determinar melhor a velocidade de crescimento de cada espécie. Quanto mais abafado e úmido o ambiente, e com a água em devida qualidade para a sobrevivência, a tendência é de o metabolismo do animal se adaptar melhor e se reproduzir com mais eficiência. Quais as melhores espécies para a ranicultura? No mundo, em especial na China, há uma variedade ampla de espécies de rãs, o que amplifica as opções de ranicultura lá fora. Porém, no Brasil, o tipo mais utilizado para fins comerciais é a raça Rana Catesbeiana, popularmente chamada de rã-touro. Essa espécie tem origem nos Estados Unidos, mas foi introduzida no Brasil na década de 30, adaptando-se perfeitamente às condições climáticas do país. É precoce, rústica e com uma velocidade incrível de reprodução de novos girinos. Para ser mais exato, cada rã-touro fêmea é capaz de produzir, em média, cinco mil ovos. Qual a estrutura necessária para a ranicultura? Já explicamos que a ranicultura não depende de grandes investime

Fevereiro 7, 2024 - 10:17
Ranicultura: entenda os principais pontos sobre o assunto
Apesar do consumo desse tipo de carne ainda não ser tão popular em comparação a de outros animais no país, especialistas afirmam que o clima, o ambiente e o custo de investimento são fatores diferenciais para esse tipo de cultura, somando, claro, ao rico >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET