Ibovespa fecha em queda com apreensão sobre fiscal e sem catalisador para compras

Ibovespa fecha em queda com apreensão sobre fiscal e sem catalisador para compras Publicado em 16/12/2024 18:43 Por Paula Arend Laier SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, sem trégua na alta das taxas dos contratos de DI em meio a preocupações com o cenário fiscal e a política monetária no país, enquanto GPA disparou com crescentes especulações envolvendo o empresário Nelson Tanure. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,84%, a 123.560,06 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 123.495,17 pontos na mínima e 124.955,95 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou 22,78 bilhões de reais. Na visão de analistas do BB Investimentos, embora o Ibovespa tenha condições técnicas de apresentar recuperação no curto prazo, "o contexto macroeconômico e as baixas expectativas para catalisadores locais devem impedir uma alta consistente", conforme email enviado a clientes nesta segunda-feira. "O sentimento de que qualquer movimento de recuperação (do Ibovespa) é uma oportunidade de venda foi evidenciado na última semana", reforçaram analistas do Itaú BBA no relatório Diário do Grafista enviado a clientes mais cedo. "O momento é continuar com cautela até sinais mais claros de uma recuperação." No noticiário fiscal, o Tesouro Nacional divulgou na parte da tarde previsão de que a dívida bruta do governo geral atingirá 77,7% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, acima dos 77,3% estimados em março, e ainda seguirá em alta, com pico de 81,8% do PIB em 2027. Investidores também continuam atentos à tramitação das medidas do pacote de gastos no Congresso, dado que o recesso parlamentar de fim de ano começa oficialmente na próxima semana. Na última quinta-feira, o presidente do Senado afirmou ser possível aprovar as medidas fiscais antes do recesso. Quanto à política monetária, a ata da última decisão do Banco Central, na semana passada, quando elevou a Selic de 11,25% para 12,25% e sinalizou mais duas altas na mesma magnitude, deve ocupar os holofotes na terça-feira, enquanto economistas seguem ajustando previsões sobre o ciclo de alta. Agentes financeiros veem os ativos sendo afetados pela dúvida se a nova diretoria do BC irá perseguir a meta para a inflação, mas também pela percepção no mercado de que, sem a ajuda da política fiscal, a política monetária não será capaz de levar a economia brasileira de volta ao equilíbrio. DESTAQUES - GPA ON disparou 15,61%, em meio a crescentes especulações sobre o interesse do empresário Nelson Tanure no dono da bandeira Pão de Açúcar. ASSAÍ ON caiu 6,09% e CARREFOUR BRASIL ON recuou 1,37%. - VAMOS ON cedeu 8,45%, pressionada pelo movimento de alta nas taxas dos contratos de DI, que afetou outros papéis também, como LOCALIZA ON, que caiu 4,72%, e MAGAZINA LUIZA ON, que perdeu 5,37%. - ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,09%, enquanto BANCO DO BRASIL ON recuou 1,43%, BRADESCO PN perdeu 1,65% e SANTANDER BRASIL UNIT declinou 1,24%. BTG PACTUAL UNIT caiu 4,31%. - B3 ON sucumbiu à piora e caiu 0,98%, mesmo após anunciar recompra de até 380 milhões de ações, bem como estimar para 2025 desembolsos de 2,84 bilhões a 3,22 bilhões de reais e alavancagem financeira em até 2,1 vezes o Ebitda. - REDE D'OR ON avançou 0,37% tendo no radar anúncio de programa de recompra de até 30 milhões de ações com prazo de 12 meses e distribuição de 450 milhões de reais em juros sobre capital próprio (JCP). - MINERVA ON subiu 5,58%, com o setor de proteínas endossado pela resiliência do dólar ante o real. JBS ON avançou 2,73%, BRF ON valorizou-se 2,02% e MARFRIG ON ganhou 4,93%. - VALE ON terminou com decréscimo de 0,05%, na quinta queda seguida, mesmo em dia de alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian subiu 0,5%. - PETROBRAS PN fechou com decréscimo de 0,42% sucumbindo à fraqueza dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent encerrou em baixa de 0,78%. - AUTOMOB ON saltou 180,09% em sua estreia na bolsa paulista. A companhia resulta da reorganização corporativa que fundiu o negócio de concessionárias da Vamos na Automob, ambas controladas pela holding Simpar. Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio Fonte: Reuters RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade. 0 comentário

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