Cacau recua em NY mas novo recorde não está descartado
De acordo com analista, cotações estão beirando patamares recordes devido à movimentos especulativos Os preços do cacau cederam na bolsa de Nova York, mas ainda estão próximos das máximas históricas no pregão. Após um movimento de realização de lucros, os lotes para março fecharam em queda de 0,47% nesta terça-feira (17/12), para US$ 11.765 a tonelada. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural De acordo com Rafael Borges Machado, analista de inteligência de mercado da StoneX, as cotações estão beirando patamares recordes devido à movimentos especulativos. “O mercado está com os mesmos fundamentos há tempos. Depois que se define um ‘alvo’, os especuladores passam a trabalhar em cima dele”, diz o analista se referindo aos US$ 11.878 a tonelada, um recorde na bolsa, alcançado em abril. Saiba-mais taboola Mas muitos participantes do mercado enxergam que a demanda por cacau pode superar a oferta, o que deve manter as cotações em alta. Entre os fatores que favorecem esse cenário estão o clima mais quente e seco no oeste da África, além da manutenção da demanda em alta, a despeito dos preços históricos. “As altas do cacau estão descoladas dos fundamentos de mercado. Os problemas para a produção existem, mas não há motivos para não enxergar um superávit. Devemos revisar para baixo nossa estimativa [de superávit], mas que ainda é um saldo positivo. Acredito que no médio prazo, o cacau pode retomar o caminho de certa normalidade, diferentemente do movimento visto desde outubro, quando os preços subiram 80%”. A última projeção da StoneX para a safra mundial de cacau em 2024/25 indica um superávit na produção de 166 mil toneladas. De acordo com o analista, o número deve ser revisado em virtude do consumo consistente e preocupações com a seca em áreas de produção como Peru e Equador. Açúcar O papel do açúcar com entrega para março fechou em forte queda em Nova York, de 4,06%, cotado a 19,84 centavos de dólar a libra-peso. De acordo com análise da Barchart, o açúcar registrou uma mínima de três meses com investidores reagindo às boas perspectivas de produção no Brasil no próximo ano. Além disso, completa a publicação, a desvalorização do real em relação ao dólar também favoreceu a queda dos preços, uma vez que esse movimento tende a incentivar as exportações do açúcar brasileiro. Café O dia foi de realização de lucros para os preços do café. Os lotes para março fecharam em queda de 0,75%, para US$ 3,2495 a libra-peso. Investidores desmontaram posições após as altas recentes na bolsa. Na sessão de ontem, a cotação avançou 2,5%. Algodão No mercado do algodão em Nova York, os lotes para março caíram 0,54%, cotados a 68,69 centavos de dólar por libra-peso. Suco de laranja Nos negócios do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês), os contratos para janeiro fecharam em alta de 0,17%, com o valor de US$ 5,1565 a libra peso.
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