Instituto de Pesca é a única instituição no Brasil a cultivar gametófitos da macroalga Kappaphycus alvarezii
Produção de linhagens diferenciadas é uma grande contribuição da pesquisa nacional com a alga marinha, que possui muitas aplicações no agro e na indústria O Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA/SIMA) e a Universidade de São Paulo, por meio do Instituto de Biociências(IB/USP), Instituto Oceanográfico (IO/USP) e Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), tem desempenhado um papel de destaque nos estudos da Kappaphycus alvarezii, uma alga marinha amplamente utilizada na produção de gelatina, biofertilizantes, biocombustíveis, bioplástico, cosméticos, rações e fármacos. No Brasil a safra de 2024 da macroalga está estimada em quase 1,5 mil toneladas, sendo Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo os estados oficialmente produtores. Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o potencial brasileiro de cultivo é muito maior, podendo chegar a aproximadamente 170 mil toneladas por ano. Uma das grandes contribuições da pesquisa nacional é o trabalho com gametófitos, que podem ser plantas femininas ou masculinas, responsáveis por produzir gametas, as células reprodutivas da alga. Quando esses gametas se fecundam dentro da planta feminina, formam uma nova geração, completando o ciclo natural da espécie (esporófita). A maior parte das algas cultivadas no Brasil é clonada a partir de plantas adultas (esporófitos), o que torna os gametófitos algo raro e especial no país. Pesquisas elaboradas no Instituto de Pesca Os primeiros gametófitos de K. alvarezii no Brasil surgiram dos trabalhos liderados pelo renomado professor Edison de Paula, do Instituto de Biociências da USP, na década de 1990. Em homenagem à sua contribuição para a ciência e à sua dedicação à pesquisa com algas marinhas, o gametófito (EP) atualmente é conhecido pelo seu nome. O IP e suas parcerias vêm cultivando, conservando e estudando esse gametófito único no país. O Instituto também mantém outras duas linhagens de gametófitos, que surgiram espontaneamente em cultivos experimentais em sua Fazenda Marinha, localizada em Ubatuba (SP). Essas linhagens têm características de crescimento e produtividade diferentes no estado de São Paulo, podendo oferecer um grande potencial para a diversificação e melhoria dos cultivos da espécie. Valéria Gelli, pesquisadora científica do IP e coordenadora do Programa Algicultura SP, afirma que, "ao explorar as propriedades desses gametófitos exclusivos, o Instituto de Pesca e suas parcerias reforçam sua posição como referência nacional em pesquisas com essas algas marinhas, podendo promover inovação, sustentabilidade e avanços à aquicultura brasileira." Instituto de PescaNúcleo de Comunicação CientíficaGabriela Souza /Andressa ClaudinoCel.: (11) 94147-8525ipcomunica@sp.gov.brwww.pesca.sp.gov.br
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