Ministério da Agricultura registra 23 defensivos agrícola formulados
Quatro produtos são a base de ativos novos, e oito são de baixo impacto ambiental O Ministério da Agricultura publicou nesta quarta-feira (18/12) o registro de 23 agrotóxicos formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, oito são de baixo impacto ambiental. Initial plugin text Com isso, o ano de 2024 será encerrado com 76 produtos de baixo risco. Estão na lista os biológicos, microbiológicos, semioquímicos, extratos vegetais, reguladores de crescimento ou aqueles destinados para agricultura orgânica. Em 2023, foram 90 defensivos registrados nessa categoria. Em 2022, foram 136. Entre os novos registros, quatro produtos são a base de ativos novos. Dois são de origem química, classificados pela Anvisa como categoria 5, ou seja, produto improvável de causar dano agudo ou não classificado que são as menores classes de risco toxicológico. Os outros dois possuem recomendação para a cultura dos citros, que nos últimos anos tem enfrentado grandes problemas fitossanitários que podem comprometer a produtividade do setor, disse a Pasta, em nota. Entre os produtos de baixo impacto, foi registrado um formulado à base de dimpropiridaz para o controle da praga mosca-branca (Bemisia tabaci), cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) e para o vetor do Greening, o psilídeo (Diaphorina citri). O produto possui mecanismo de ação que paralisa a alimentação dos insetos, o que reduz significativamente a transmissão de vírus e bactérias através de distribuição sistêmica com efeito translaminar. O material não possui resistência cruzada a outros ingredientes ativos. O outro produto registrado é a base de peptídeo que ativa o sistema imunológico das plantas de citros o “arrasto energético” de outros indutores de SAR (resistência sistêmica adquirida). Considerado de baixo risco, o produto induz a resistência da planta a duas bactérias a Xanthomonas citri subsp. Citri causadora do cancro cítrico e a Liberibacter asiaticus causadora do Greening, disse a Pasta. “Foram analisadas mais de 40 combinações exclusivas de peptídeos e antimicrobianos em testes de campo para encontrar aquela que incitasse a melhor resposta imunológica contra o Citrus Greening. O objetivo é trazer para o agricultor brasileiro soluções inovadoras que possam contribuir de maneira significativa no manejo integrado de doenças de plantas de forma sustentável, especialmente doenças bacterianas e fúngicas”, explicou a chefe de Divisão de Registro de Produtos Formulados, Tatiane Nascimento, no comunicado. Também foi registrado um produto fitoquímico a base de óleo de café e de eucalipto, para controle de Bemisia tabaci biótipo B na soja e Dalbulus maidis no milho. Outro produto novo registrado é a base de ácido nonanóico para controle de Hypothenemus hampei, popularmente conhecido como boca do café. A praga é encontrada em todas as regiões produtoras de café do mundo e considerada importante porque ataca os frutos em qualquer estágio de maturação, inclusive grão já seco. Os demais produtos são genéricos, pois utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. “O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira”, disse o ministério.
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