Dólar recua em meio à expectativa de medidas do Banco Central

Mercado Financeiro Dólar recua em meio à expectativa de medidas do Banco Central Após disparada histórica, mercado aguarda leilão e analisa cenário fiscal e relatório de inflação Publicado em: 19/12/2024 às 10:40hs O dólar abriu em queda na manhã desta quinta-feira (19), após encerrar o dia anterior com uma valorização de 2,82%, atingindo o recorde histórico de R$ 6,26. A baixa ocorre em meio à expectativa pelo leilão de venda de dólares à vista, promovido pelo Banco Central (BC) para conter a volatilidade no mercado cambial. Além da ação do BC, investidores seguem atentos ao cenário fiscal brasileiro, em especial às medidas de contenção de despesas do governo federal, e ao Relatório Trimestral de Inflação divulgado pelo BC. Cenário fiscal gera incertezas A apresentação do parecer do relator Isnaldo Bulhões (MDB-AL) na Câmara dos Deputados trouxe modificações importantes ao pacote de cortes de gastos do governo. Entre as mudanças, foram amenizadas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e excluídas alterações no reajuste do Fundo Constitucional do Distrito Federal, o que reduz a projeção inicial de contenção de despesas. O governo busca zerar o déficit público em 2024 e 2025, com expectativa de superávit a partir de 2026. Contudo, analistas de mercado permanecem céticos quanto à eficácia das medidas propostas para controlar o endividamento público. Declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçaram a percepção de que ajustes mais profundos, como na Previdência e nos pisos de investimento em saúde e educação, não estão no horizonte. Relatório de inflação e desdobramentos internacionais O BC reconheceu oficialmente que a meta de inflação de 2024, fixada em 3%, não será cumprida pelo terceiro ano consecutivo. O intervalo permitido, entre 1,5% e 4,5%, não deve ser suficiente para ajustar a trajetória inflacionária. No cenário externo, os mercados ainda repercutem a decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de cortar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. Embora esperada, a medida reflete incertezas quanto ao impacto da política econômica do presidente reeleito Donald Trump, cujo protecionismo pode pressionar a inflação global. Cotações e desempenho do mercado Às 09h02, o dólar recuava 0,33%, cotado a R$ 6,2464. Na véspera, a moeda acumulou alta semanal de 3,85% e avanço anual de 29,15%. O Ibovespa, principal índice da B3, inicia suas operações às 10h, após registrar queda de 3,15% no dia anterior, encerrando aos 120.772 pontos. No acumulado do ano, o índice apresenta retração de 10%. Próximos passos O mercado segue monitorando a tramitação do pacote de cortes no Congresso e os desdobramentos das ações do Banco Central. Há expectativa de que novas votações sobre medidas fiscais ocorram ainda hoje, enquanto investidores aguardam sinais mais consistentes de controle fiscal e estabilidade econômica para os próximos meses. Fonte: Portal do Agronegócio ◄ Leia outras notícias

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