Piscicultor utiliza tanques suspensos para criação de tilápias
Criadores mineiros produzem três toneladas de tilápias por mês em dois hectares Piscicultor há 25 anos, Adão Alves e seus sócios decidiram investir na instalação de tanques suspensos para a criação de tilápias na comunidade São José de Pedras, em Itaúna, no centro-oeste de Minas Gerais. Eles instalaram dez tanques suspensos há dois anos e comemoram os resultados: produzem três toneladas por mês em uma área de apenas dois hectares. Leia também Produção de tilápia no Brasil mais que dobrou em uma década Produção integrada de tilápia e alface gera renda para comunidades do ES Cientistas brasileiros criam 'whey', salsicha e até sorvete de tilápia; conheça “A gente tem um peixe de melhor qualidade, pois ele não tem contato com barro e, além disso, no tanque compacto você pode criar bastante peixe por metro quadrado”, disse Adão em nota. A tilápia é abatida num frigorífico terceirizado e a produção é comercializada para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de ser vendida em bares e restaurantes do município. Além de Adão, outros piscicultores de Itaúna, Divinópolis e região estão adotando o Sistema de Recirculação de Água, conhecido como RAS. "O RAS consiste em um método de criação de peixes em bolsões de geomembrana. Nele, a água passa por um tratamento e depois é reutilizada, diminuindo drasticamente a quantidade de água necessária para cada ciclo produtivo", explica o coordenador regional de Pecuária da Emater-MG, Lamartine Branquinho. Segundo o coordenador, além de ser mais sustentável do que a criação em tanques escavados, o sistema ainda apresenta como vantagens pouco espaço para a instalação, produção de um peixe de melhor qualidade e alta produção. Os tanques podem variar de 5 mil até 300 mil litros. Em um tanque de 150 mil litros, por exemplo, o produtor pode colocar até 4,5 mil peixes terminados. Criadores do interior de Itaúna (MG) instalaram dez tanques suspensos há dois anos Divulgação Segundo Giovani Chaves, extensionista da Emater-MG, a desvantagem do sistema é o maior custo de implantação e a alta demanda de energia elétrica. “Os criadores estão contornando esse problema da energia com a instalação de placas solares, que, além de proporcionar uma economia significativa na conta de luz, ainda reduz a possibilidade de os animais morrerem por falta de oxigenação, caso ocorra algum pico de energia.” Branquinho diz que o manejo é simples, mas é necessário ter conhecimento sobre o manejo porque imprevistos podem gerar a mortalidade de todos os peixes. O produtor deve colocar uma água limpa em um tanque, fazer a fertilização para receber os alevinos, que ficam no local por 60 dias. Após esse período, os peixes devem ser transferidos para outro tanque para engorda. Depois, seguem para o tanque de depuração, onde ficam por três dias antes de ir para o abate. O ciclo dura de sete a oito meses.
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