ONU convoca agricultores familiares para recuperar caatinga na Bahia

Projeto da FAO e do MMA capacitou mil famílias do Sertão do São Francisco para manuseio sustentável e diversificação dos quintais produtivos Um projeto de combate à desertificação na Bahia juntou mais de mil famílias no Sertão do São Francisco ao longo dos últimos 18 meses para adotar práticas de manejo sustentável a fim de recuperar recursos naturais da caatinga. A iniciativa é da Fundação para Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), atuando em diversas regiões do Nordeste. Initial plugin text Na Bahia, foi implementado em 14 comunidades de fundo de pasto, tradicionais ocupações baseadas no uso coletivo da terra por meio da agricultura familiar. Nos municípios de Uauá e Monte Santo, quase 400 pessoas participaram de capacitações práticas e teóricas que somaram 230 horas de aprendizado sobre sistemas produtivos resilientes, regenerativos e sustentáveis. As ações, coordenadas pela Fundação Araripe com apoio da Escola Família Agrícola do Sertão (Efase) e da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopersuc), “visam promover segurança alimentar, conservação da biodiversidade e fortalecimento da convivência com o semiárido”, destacou a nota da FAO. A ideia é implementar estratégias de agricultura e pecuária resilientes ao clima, transformando a caatinga em um espaço de inovação e oportunidades, afirmou Manoel Timbó, coordenador do projeto na FAO. Durante as capacitações, cada comunidade recebeu um Plano de Gestão Integrada de Recursos Naturais (GIRN) e Planos de Uso Sustentável para suas áreas florestais coletivas, promovendo um manejo mais eficaz dos recursos naturais do bioma. “Como resultado, o cultivo de produtos da Caatinga aumentou significativamente, com cooperativas locais comercializando itens para indústrias de alimentos e cosméticos”, agregou a FAO. O projeto também desenvolveu um inventário florestal detalhado para orientar o uso sustentável de mais de 16 mil hectares de vegetação nativa, com foco na valorização de produtos florestais não madeireiros. Diversificação de cultivos Em Uauá, o Redeser, nome do projeto, trouxe transformações, em especial, para apicultores. Maciel da Silva Rodrigues, presidente da associação comunitária, relata como a introdução de equipamentos e capacitações técnicas solucionou desafios históricos. “Antes, dependíamos de equipamentos emprestados, e muitas vezes perdíamos o tempo da safra. Agora, com nossa própria centrífuga, podemos colher e processar o mel no momento certo, aumentando a produção de 350 quilos para até uma tonelada por florada”, disse. Além da apicultura, o incentivo à diversificação produtiva trouxe benefícios econômicos. Frutas como goiaba, acerola e umbu passaram a integrar a cadeia produtiva local. “Vendemos as frutas para a cooperativa, que processa a polpa e a revende para produção de sorvetes e picolés. Isso movimenta a economia local e cria novas oportunidades”, ressaltou.

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