São João Alimentos busca ampliar mercados
Empresa está localizada em Santa Cruz do Rio Pardo, região do interior paulista que concentra produção de arroz, e atraiu interesse dos chineses Há poucas semanas, a indústria São João Alimentos virou notícia ao receber uma delegação de chineses que queria conhecer a produção e o beneficiamento de arroz no Brasil. Mas se ficou conhecida do restante do país após esse episódio, em São Paulo a dona das marcas Empório São João, Patéko e Riviera já é protagonista faz tempo. Initial plugin text Com 60 anos de atividade, a São João faturou R$ 936 milhões em 2023, espera fechar 2024 com receita de R$ 1,1 bilhão e já enxerga 2025 com um crescimento entre 7% e 8%. Além de atender o maior mercado consumidor de arroz do país, o Estado de São Paulo, a empresa vende também o cereal beneficiado para os países como Estados Unidos, Peru e os da região do Caribe. “Fomos escolhidos para receber os chineses porque temos capacidade técnica e um produto de muita qualidade”, afirmou à reportagem Adalberto Pegorer, sócio-diretor da São João. A visita da missão foi promovida pela Agência Brasileira de Promoção às Exportações (Apex) e a Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz), que busca abrir o mercado chinês para o arroz brasileiro. Perfil A São João está localizada em Santa Cruz do Rio Pardo, que se tornou a capital do cereal no Estado de São Paulo, em março deste ano. A cidade, que tem outras cinco indústrias de beneficiamento e só 48 mil habitantes, é responsável por atender 27% do consumo de arroz no Estado. E tem uma história longa. Em 1960, a região já semeava o cereal de sequeiro em meio às lavouras de café e tinha mais de 20 indústrias de beneficiamento de arroz. “Aos poucos, porém, a chegada de sementes de [variedade] longo fino dos Estados Unidos e a migração da cultura de arroz para o Rio Grande do Sul fizeram faltar matéria-prima em São Paulo e as indústrias foram fechando”, disse Pegorer, que viu a São João Alimentos ser fundada por seu pai e tio. Para não perder mercado, a empresa instalou uma unidade em Uruguaiana (RS), mas continuou a promover o cultivo de arroz em Santa Cruz do Rio Pardo com sementes novas, de boa cocção e alta produtividade. “Agora, mantemos a produção nos dois locais”, disse. Também como projeto de longo prazo, a empresa tem investido cerca de R$ 20 milhões todos os anos, nos últimos dez anos, para manter o maquinário eficiente e promover seus produtos no mercado nacional e internacional. Atualmente, a capacidade instalada de beneficiamento de arroz da São João é de 48 toneladas por hora, mas a companhia produz 27 toneladas por hora, o que significa que há espaço para avançar. Novo ciclo “Estamos preparados para uma virada de ciclo e expansão do negócio. Temos quatro certificações, uma internacional, e por isso somos aptos para exportar aos mercados mais exigentes e temos capacidade de produção”, afirmou Pegorer. No Brasil, a empresa consegue brigar com grandes marcas como Camil ou Tio João, mas não oferece produtos de entrada. Além do maior mercado consumidor do país, a São João atende os Estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, norte do Paraná e parte do Rio de Janeiro.
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