Grãos fecham o dia em alta na bolsa de Chicago

Valorização da soja foi impulsionada pela recuperação recente dos preços do farelo Os futuros da soja fecharam em alta de 1,63% nesta quinta-feira (26/12) na bolsa de Chicago, com os contratos para março sendo negociados a US$ 9,9725 por bushel. A valorização foi impulsionada pela recuperação recente dos preços do farelo de soja, enquanto o óleo permanece em queda. Initial plugin text O mercado segue atento à possibilidade de que a administração de Donald Trump retire os incentivos à produção de biodiesel, o que, segundo analistas da Granar, poderia reduzir a demanda por óleo de soja e limitar o potencial de alta dessa commodity. A consultoria também observa que, apesar do otimismo dos especuladores com a probabilidade de um clima mais seco na Argentina devido a um possível fenômeno La Niña, as boas perspectivas para a safra de soja na América do Sul restringem ganhos adicionais. O milho para março também fechou em alta, de 1,17%, cotado a US$ 4,5375 por bushel, sustentado pela firme demanda externa e pelas expectativas de aumento das compras para a indústria de etanol, caso seja autorizado o uso do E-15 durante todo o ano. A valorização do real frente ao dólar contribui para a competitividade das exportações dos Estados Unidos, em detrimento das vendas brasileiras. No entanto, assim como na soja, as boas perspectivas para a safra de milho forrageiro na América do Sul limitam os avanços no mercado. Saiba-mais taboola Já o trigo com vencimento em março registrou alta de 1,17%, cotado a US$ 5,41 por bushel. O aumento dos preços é impulsionado pela previsão de problemas na safra de inverno da Rússia, que perdeu área cultivada em relação ao ano anterior e enfrenta dificuldades com a falta de umidade para a manutenção da qualidade das lavouras. Além disso, as exportações russas devem perder força nos próximos meses devido às restrições comerciais impostas pelo governo do país, segundo a Granar. A consultoria IKAR alertou que, na safra 2024/25, a participação da Rússia nas exportações mundiais de trigo deverá cair para cerca de 20%, abaixo dos 25% registrados nos últimos anos. Apesar disso, a Rússia deve continuar sendo o maior exportador mundial de trigo.