Previsão do tempo: como será o clima em janeiro no Brasil?
Temperaturas elevadas e chuvas irregulares no Sul marcam o primeiro mês de 2025 Janeiro começa nesta quarta-feira (1/1) com o verão em ação no Hemisfério Sul e sem a presença do La Niña, fenômeno que influencia o clima no mundo e esperado desde o inverno de 2024. Leia mais Como fica o clima na sua cidade? Saiba aqui Em razão da extensão territorial do Brasil, que possui mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, as condições climáticas podem apresentar diferenças entre as cinco regiões neste mês, mas, em geral, o período é caracterizado por dias mais longos que as noites, temperaturas altas, chuvas, umidade elevada e também abafamento, afirma Ludmila Camparotto, agrometeorologista da Rural Clima. Enquanto nos Estados da região Sul a previsão do tempo indica precipitações mais irregulares, áreas do Sudeste, Centro-Oeste e Norte terão chuvas regulares. Para o Nordeste, os litorais do Rio Grande do Norte e da Paraíba serão beneficiados com os maiores volumes. Previsão de chuva e temperatura para janeiro Inmet “Mesmo sem influência direta do La Niña, a tendência é de menos chuva, especialmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o que não acontece no Centro-Oeste. Lá, entre janeiro e fevereiro, o prognóstico indica muita chuva em dias consecutivos”. Como fica o clima em cada região do Brasil? Sul As chuvas ficam mais irregulares em janeiro, com períodos maiores de tempo aberto e temperaturas em elevação. A passagem de frentes frias, condição meteorológica que ameniza o calor, é prevista, mas não causa interferência pelo curto período de ação, explica a especialista ouvida pela Globo Rural. O Paraná, com a proximidade do Sudeste e do Centro-Oeste, deve ter precipitações mais regulares se comparadas ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina, principalmente na faixa leste. Sudeste Diferente do Sul, a tendência para os Estados do Sudeste é de chuva regular e em bom volume. “Serão vários dias com chuvas e alguns períodos podem ser até ininterruptos, com volumes bem acima da média e formação de temporais”, diz. Além disso, janeiro deve registrar a passagem de frentes frias, o que mantém as temperaturas dentro da normalidade e sem picos elevados, diferente do registrado no mesmo período de 2024. A diferença será no Espírito Santo, com menos chuva e muito calor. Centro-oeste A região repete o Sudeste, com precipitações regulares e contínuas não apenas em janeiro, mas também em fevereiro. Apesar da condição ser benéfica para a agricultura, que depende da água para o cultivo de frutas e hortaliças, o excesso pode prejudicar as colheitas. “Teremos um verão extremamente chuvoso, temperaturas mais amenas e muita nebulosidade, o que acaba atrapalhando as lavouras. Não que vai causar perdas, mas a falta de sol, às vezes, atrapalha. Sem falar no risco de doenças fúngicas”, ressalta Ludmilla. A proximidade da Amazônia é responsável por aumentar as condições de chuva na região e, por consequência, os períodos de invernada no Mato Grosso. A condição climática, marcada por chuvas fortes e abrangentes, provoca a diminuição da luminosidade e aumenta o risco de doenças, como a ferrugem asiática na soja. Invernada pode atrapalhar lavouras nos próximos meses no Brasil Nordeste Terceira maior região do país e com nove Estados, o Nordeste terá chuvas abaixo da média e temperaturas bastante elevadas. A tendência é que o clima fique ameno e as chuvas, regulares e mais abrangentes, sejam registradas somente a partir de março. Em janeiro, os litorais do Rio Grande do Norte e da Paraíba serão os mais beneficiados pela precipitação. Norte De acordo com a agrometeorologista da Rural Clima, áreas do Acre, Rondônia, Pará e Roraima terão chuvas regulares durante este mês, com possibilidade de volumes elevados em alguns períodos. Em relação às temperaturas, elas seguirão elevadas. E as ondas de calor? Diferente do mês de janeiro de 2024, onde o fenômeno foi registrado no país elevando as temperaturas em todas as regiões, o risco é baixo para 2025, afirma o meteorologista Willians Bini. E o motivo é a ausência do El Niño. Segundo ele, a previsão do tempo indica períodos quentes, mas não duradouros, o que é fundamental para definir uma onda de calor. A Organização Meteorológica Mundial confirma o fenômeno após três dias, no mínimo, de temperaturas 5ºC ou mais acima da média. “Até podemos ter momentos acima de 5ºC, mas o que será difícil é a persistência, pois estamos com umidade e pancadas de chuva, e sabemos que a chuva ameniza um pouco. Em São Paulo, por exemplo, tem calor, mas sempre chega uma frente fria. E toda vez que ameniza, corta o ciclo que poderia formar uma onda de calor”. Um La Niña (bem) atrasado O fenômeno que influencia o clima e é caracterizado pela queda na temperatura do Oceano Pacífico não tem data para começar. La Niña pode não voltar em 2024; entenda 'atraso' do fenômeno Conforme o último relatório divulgado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA na sigla em inglês), em 16 de dezembro, a probabilidade
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