Empresa americana com mais de 100 anos encerra produção de laranja na Flórida

A Alico tem cerca de 200 funcionários e vai demitir 172 aos poucos Os desafios ambientais e o greening fizeram nova vítima. A empresa americana Alico, com sede na Flórida e mais de 100 anos de história, anunciou nesta segunda-feira (6/1) que vai encerrar suas operações com frutas cítricas e demitir quase a totalidades dos funcionários. Initial plugin text Em comunicado, a companhia afirmou que planeja se concentrar em sua estratégia de desenvolvimento imobiliário e uso diversificado da terra a longo prazo, acrescentando que não investirá mais em suas operações de frutas cítricas após a colheita da safra atual em 2024/25. A Alico tem cerca de 200 funcionários e vai demitir 172 aos poucos. A empresa tem 21,62 mil hectares de terra em oito condados da Flórida e 19,7 mil hectares de direitos para exploração e petróleo, gás e minerais no Estado. "Por mais de um século, a Alico tem orgulho de ser uma das principais produtoras de frutas cítricas da Flórida e uma administradora dedicada de suas terras agrícolas, mas agora precisamos nos adaptar relutantemente às mudanças nas realidades ambientais e econômicas. Nossa produção de frutas cítricas caiu 73% nos últimos dez anos, apesar dos investimentos significativos em terras, árvores e tratamentos para doenças cítricas, e a colheita atual provavelmente será menor em volume do que a temporada anterior", disse John Kiernan, presidente e CEO da Alico, no texto. “O impacto dos furacões Irma em 2017, Ian em 2022 e Milton em 2024 em nossas árvores, já enfraquecidas por anos de doença do greening cítrico, levou a Alico a concluir que cultivar frutas cítricas não é mais economicamente viável para nós na Flórida”, encerrou. O furão Ian derrubou metade das árvores da empresa. A companhia também divulgou que o greening, doença bacteriana sem cura, causou fortes perdas na produção. Na revista Globo Rural em agosto, a reportagem mostrou que os EUA já investiram US$ 2 bilhões na tentativa de se livrar da doença, sem sucesso. No Brasil, o greening tem feito os produtores mudarem de Estado, enquanto iniciativa privada e governos buscam pesquisas para conter a doença. A Alico disse que se concentrará no negócio imobiliário de terras agrícolas. A empresa acredita que suas atuais propriedades valem entre US$ 650 milhões a US$ 750 milhões, com 75% de sua área avaliada para uso agrícola. A companhia nasceu com o nome de Atlantic Land and Improvement Company, na virada do século XX. Em 1960, desmembrou operações e criou duas empresas, uma no setor de ferrovias e outra na produção agrícola. Em 1970, mudou o nome para Alico. A companhia faturou US$ 930 milhões no ano fiscal 2024, encerrado em setembro, 37,5% mais que no ano anterior. O lucro líquido ficou em US$ 7 milhões, na comparação com US$ 1,8 milhão em 2023. Segundo o balanço financeiro da empresa, o crescimento é resultado de um ganho de US$ 81,4 milhões na venda de terras e de um ajuste nos estoques, após o furacão Ian, que estavam melhores que o reportado em 2023. Outros US$ 27,4 milhões entraram no lucro em função do seguro safra. No ano fiscal encerrado em 30 de setembro, a Alico colheu 3,1 milhões de caixas de laranja, um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior. Essa taxa foi um pouco melhor do que a média do setor. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) relatou um aumento de 13,5% na safra total de laranja dos EUA em 2023/24, em comparação com 2022/23. A empresa também se beneficiou de um aumento no seu preço de venda de US$ 2,70 por libra de sólidos no ano fiscal anterior para US$ 2,81 por libra de sólidos no ano fiscal de 2024.

Empresa americana com mais de 100 anos encerra produção de laranja na Flórida
A Alico tem cerca de 200 funcionários e vai demitir 172 aos poucos Os desafios ambientais e o greening fizeram nova vítima. A empresa americana Alico, com sede na Flórida e mais de 100 anos de história, anunciou nesta segunda-feira (6/1) que vai ence >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET