Preço da soja sobe em Chicago após revisão de safra e aumento na demanda

Cotação da oleaginosa também ganhou força com dados sobre início lento da colheita no Brasil A soja seguiu negociada com preços mais altos na bolsa de Chicago, após os ajustes nas previsões de safras nos EUA, divulgadas na semana passada. Os contratos com entrega para março fecharam em alta de 2,71% nesta segunda-feira (13/1), a US$ 10,53 o bushel. +Veja mais cotações na ferramenta da Globo Rural A redução nas estimativas de colheita nos Estados Unidos ainda deve reverberar sobre as negociações da soja e também do milho em Chicago, como avalia Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. De acordo com ele, como o corte nas projeções de safra ficou acima do esperado pelo mercado, há espaço para os grãos subirem no curto prazo. Saiba-mais taboola O início mais lento de colheita no Brasil, maior produtor e exportador mundial de soja, é outra preocupação para o mercado neste momento. De acordo com a AgRural, a colheita da safra 2024/25 chegou a apenas 0,3% da área, inferior aos 2,3% observados nessa mesma época do ano passado. Completando o quadro de fatores de alta para a oleaginosa estão os dados de exportações americanas. O saldo líquido das vendas externas foi de 1,35 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 9 de janeiro. Esse volume ficou acima das 1,29 milhões divulgadas na semana imediatamente anterior, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) Milho Os fundamentos de oferta e demanda para o milho são favoráveis para o avanço das cotações na bolsa de Chicago. Os lotes para março subiram 1,28%, negociados a US$ 4,7650 o bushel. O mercado ainda digere as reduções nas estimativas de produção e estoques americanos em 2024/25. Além disso, as exportações do país cresceram na última semana, passando de 877,21 mil toneladas para 1,44 milhão de toneladas. Trigo No mercado do trigo em Chicago, as cotações subiram de maneira expressiva. Os contratos para março fecharam em alta de 2,68%, cotados a US$ 5,45 o bushel. O preço avançou após ajustes técnicos nas negociações da bolsa, motivados por três quedas consecutivas.