Mercado de Feijão: Feijão Carioca com Boa Atividade e Feijão Preto Sob Pressão Externa

Feijão e Pulses Mercado de Feijão: Feijão Carioca com Boa Atividade e Feijão Preto Sob Pressão Externa Feijão Carioca apresenta forte demanda por grãos premium, enquanto o feijão preto enfrenta desafios no mercado interno Publicado em: 13/01/2025 às 13:40hs A semana do feijão carioca foi marcada por uma demanda concentrada em grãos de alta qualidade, com destaque para os lotes de escurecimento lento provenientes de Minas Gerais e Goiás. Esses grãos atingiram preços de até R$ 270,00 por saca. De acordo com o consultor e analista da Safras & Mercado, a diferença de quase R$ 100,00 por saca em relação ao feijão comercial reflete a pressão da procura em um cenário de oferta limitada. “A qualidade dos lotes disponíveis foi determinante. Os grãos do Paraná, afetados por defeitos e tamanhos reduzidos devido às chuvas, enfrentaram maior dificuldade de escoamento, o que reforçou a segmentação do mercado: maior liquidez para lotes premium e dificuldades para feijões comerciais”, explicou o analista. No campo, 70% da área da safra 2024/25 já foi plantada, com 20% da produção colhida. No entanto, os volumes ainda baixos mantêm a pressão sobre os preços dos grãos superiores. Apesar desse cenário, as vendas superaram as expectativas da semana, com compradores se antecipando para garantir estoques de qualidade, com preços variando entre R$ 260,00 e R$ 275,00 por saca. O mercado segue com oferta limitada e demanda ativa, com a disponibilidade de grãos premium sendo um fator crucial para os próximos movimentos. Feijão Preto enfrenta baixa liquidez e pressões externas O mercado de feijão preto, por sua vez, registrou baixa liquidez e retração nas negociações. No Paraná, os grãos de melhor qualidade foram comercializados entre R$ 190,00 e R$ 210,00 por saca, enquanto na Zona Cerealista de São Paulo, os preços oscilaram entre R$ 240,00 e R$ 250,00. A competição com o feijão argentino, cotado a R$ 260,00, tem pressionado o mercado interno. “O mercado externo continua sendo um fator crucial, impulsionado pelo câmbio favorável. Com o dólar acima de R$ 6,00, o feijão brasileiro se torna mais competitivo, especialmente em mercados como México, Venezuela e Índia. Além disso, os rumores sobre a renovação do PACIC reforçam as expectativas para as exportações”, comentou o analista. No Paraná, a colheita atingiu 56% da área, com 88% das lavouras apresentando boas condições. A chegada da nova safra exerceu pressão sobre os preços dos grãos intermediários, limitando as propostas entre R$ 160,00 e R$ 180,00 por saca. Corretores continuam ativos, mas os compradores mantêm uma postura cautelosa. “O mercado spot segue sem estímulos significativos, e o setor aguarda os impactos da nova oferta, das condições climáticas e da demanda externa, com a expectativa de ajustes nos preços nos próximos dias”, concluiu o consultor. Fonte: Portal do Agronegócio ◄ Leia outras notícias