Safra de grãos expõe déficit de armazenagem no Brasil

Safra de grãos expõe déficit de armazenagem no Brasil Supersafra de grãos 2024/25: Por que a armazenagem será o grande desafio? Agrolink - Seane Lennon Publicado em 14/01/2025 às 15:50h. Compartilhe: Indique a um amigo! Estimado usuário. Preencha o formulário abaixo para remeter a página. Foto: Divulgação A produção de grãos no Brasil deve atingir um novo recorde na safra 2024/25, com projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicando 322,47 milhões de toneladas, superando em 0,8% a supersafra de 2022/23. Apesar do otimismo econômico, o déficit na capacidade de armazenagem ameaça a qualidade e o aproveitamento dessa produção. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o déficit de estocagem cresceu de 59 milhões de toneladas em 2017 para 119 milhões em 2023, um aumento de 101,6%. A desproporção entre produção e armazenamento gera preocupações quanto à preservação da qualidade de grãos como arroz, feijão, soja e milho, que devem liderar o crescimento na safra atual. Giordania Tavares, CEO da Rayflex, empresa especializada em portas rápidas para a indústria, destaca que a falta de infraestrutura adequada compromete a conservação dos grãos. “Após a colheita, grãos como a soja continuam vivos e, por respirarem, aquecem. Em determinados gradientes de temperatura, há a proliferação acentuada de fungos e o aumento da ação de insetos. Hoje, sabe-se que grãos submetidos a temperaturas abaixo de 17°C têm maior resistência quanto à deterioração provocada por esses tipos de agentes contaminantes, por isso, é crucial ter um armazém onde pode-se controlar a temperatura”, explica. No caso do feijão, a sensibilidade ao ambiente de estocagem é ainda maior. “No caso do feijão, a variação da qualidade é bem sensível ao armazenamento, pois, em sua composição há dois tipos de água, sendo elas a livre e constituída. A primeira é facilmente eliminada pelo calor, enquanto a segunda está fortemente ligada às células. Devido à capacidade de ceder e reter água com o ar que envolve o grão, a variação no  ambiente em que está estocado interfere diretamente na qualidade final do produto, que pode sofrer modificações na cor e até tornar-se mais duro. A recomendação é que a umidade do ar não ultrapasse 13%”, esclarece Giordania. O uso de tecnologias avançadas, como portas rápidas em silos, é apontado como uma solução eficaz para mitigar as perdas pós-colheita. Esses equipamentos garantem vedação completa, protegendo os grãos contra ventos, chuvas e contaminantes, além de facilitar a movimentação dos produtos. O crescimento recorde da produção de grãos reforça o papel estratégico do Brasil no mercado global. No entanto, superar o déficit de armazenagem é fundamental para garantir o aproveitamento máximo da safra e manter a competitividade do setor. Com a ampliação da capacidade estática de armazenagem e o incentivo ao uso de tecnologias, o Brasil poderá não apenas reduzir perdas, mas também valorizar ainda mais sua posição como um dos principais exportadores de grãos do mundo.

Safra de grãos expõe déficit de armazenagem no Brasil
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