China suspende importação de soja de cinco empresas brasileiras
De acordo com os chineses, foi detectada a presença de grãos com revestimento de pesticidas e de pragas quarentenárias A China suspendeu temporariamente as importações de soja de cinco unidades de cinco empresas brasileiras após detectar não conformidades em carregamentos da oleaginosa enviadas para lá. O Ministério da Agricultura confirmou o recebimento de duas notificações da Administração-Geral de Aduanas chinesa (GACC). Initial plugin text As empresas brasileiras que tiveram as exportações de soja suspensas temporariamente para a China de cinco unidades específicas no país foram ADM, Cargill, Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale Cooperativa Agroindustrial. A informação foi confirmada por uma fonte a par do assunto. De acordo com as notificações da GACC, foi detectada a presença de soja com revestimento de pesticidas e de pragas quarentenárias nos carregamentos avaliados pelas autoridades chinesas. O ministério não informou de quais agrotóxicos são os vestígios nas cargas nem quais são as pragas encontradas. As cinco empresas foram notificadas ainda na semana passada. Agora, elas devem apresentar planos de ação ao Ministério da Agricultura para demonstrar os procedimentos adotados para evitar novas ocorrências das não conformidades detectadas pelos chineses. As fiscalizações nas cargas embarcadas nos portos brasileiros também serão intensificadas. O Ministério da Agricultura salienta que as exportações foram suspensas das cinco unidades específicas, uma de cada empresa. As companhias não estão totalmente impedidas de comercializar com os chineses. Muitas vezes um mesmo grupo tem vários CNPJs habilitados a vender soja para a China. Segundo a Pasta, outras unidades das empresas notificadas seguem exportando normalmente para a China. “As suspensões válidas apenas para as cinco unidades oficialmente notificadas”, disse, em nota. O ministério não informou quais são as empresas. O ministério afirmou ainda que os volumes de soja negociados pelo Brasil não serão afetados em função da suspensão temporária das cinco unidades notificadas. No governo e no setor produtivo o tema é tratado com naturalidade. Fontes ouvidas pela reportagem dizem que a detecção dessas não conformidades são normais, principalmente no caso de grande fluxo de comércio. Em 2024, o Brasil exportou 73 milhões de toneladas de soja para a China. As suspensões não devem causar nenhum efeito significativo nos embarques da oleaginosa brasileira. A Pasta disse que, para “viabilizar uma investigação rápida e eficaz por parte das empresas envolvidas, as unidades notificadas das cinco empresas foram suspensas temporariamente, sendo que as ações para avaliação dos casos já se encontram em curso”. O ministério disse ainda que espera receber “na maior brevidade possível os planos de ação das empresas envolvidas para demonstrar os procedimentos adotados para evitar novas ocorrências das não conformidades detectadas pelos chineses”. A Pasta também disse que vai intensificar as ações de fiscalização nos embarques de soja do Brasil para a China. “A partir dessas ações adotadas, o Ministério da Agricultura transmitirá todas as informações relevantes para avaliação pelas autoridades chinesas e solicitará a imediata revogação da suspensão temporária em vigor das cinco unidades das empresas envolvidas”, diz a nota. A Pasta afirmou que as não conformidades indicadas pelo lado chinês “são passíveis de acontecer na rotina das exportações e ações para correção de eventuais desvios são sempre importantes para o fortalecimento das relações de confiança entre os países”. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) informou que os órgãos profissionais estão analisando a situação e irão realizar reuniões para debaterem sobre o assunto. O Brasil exportou 98,81 milhões de toneladas de soja em 2024.
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