Espírito Santo exporta 8,38 milhões de sacas pelos portos capixabas em 2024 e registra o maior volume de exportação de café de sua história

  Foram exportados 61% mais café que em 2023, sendo 75% a mais de café conilon, 10% a mais de café arábica e 14% a mais de café solúvel. Os dados são do Centro do Comércio de Café de Vitória, associação que representa os exportadores de café no estado do Espírito Santo. O volume de café exportado pelos portos do  Espírito Santo em 2024 representou 17% de toda a exportação brasileira de café no período. Na análise estratificada, os Portos do  Espírito Santo participaram com 75% das exportações brasileiras de café conilon, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - Cecafé. Das 9,4 milhões de sacas de café conilon exportadas pelo país, 7 milhões saíram pelos portos do Espírito Santo, uma diferença de 2,3 milhões de sacas. Destinos Cinco países importaram quase a metade de todo o café embarcado em portos capixabas em 2024: Bélgica (12%), México (12%), Estados Unidos (10%), Itália (8%) e Espanha (7%). Com exceção dos Estados Unidos, que adquiriu volumes expressivos tanto de café conilon como de café arábica e solúvel, os outros quatro primeiros países importaram majoritariamente café conilon. Em comparação com o ano anterior, Espanha e Itália ocuparam o lugar de Reino Unido e Indonésia entre os cinco primeiros destinos. Ao todo 63 países de todos os continentes transacionaram diretamente com o Espírito Santo em 2024.   Numa análise especial sobre as exportações de café para a China, mercado com forte potencial de crescimento do consumo de café, de 2023 para 2024 o país subiu da 53ª para a 26ª posição entre os países importadores de café do Espírito Santo. O aumento do volume importado de um ano para outro foi de 1.729%, exclusivamente de café conilon tanto em 2023 como no ano passado. Foram exportadas 41.453 sacas em 2024 contra 2.266 sacas no ano anterior.   Preços O ano de 2024 também registrou recorde nos preços de café. A receita cambial auferida com as exportações via portos do ES foi de US$ 1.809.402.348,62 registrando um crescimento de 119% em relação ao ano de 2023 quando foram gerados mais de 824 milhões de dólares em divisas. O preço médio do café em 2024 foi de 216 dólares por saca contra 158 dólares em 2023, alta de 37%. O café conilon registrou a maior elevação de preços entre todos os tipos de café, variando 43% positivamente de um ano para o outro. Estes foram os preços médios de cada tipo de café em 2024: arábica 264 dólares (+26%), conilon 211 dólares (+43%) e solúvel 214 dólares (+23%).   Desafios da logística Os números analisados acima baseiam-se apenas nos dados dos embarques de café feitos exclusivamente no Porto de Vitória e Portocel. Contudo, os exportadores de café capixabas direcionaram ao exterior um volume de café muito maior, a partir do Espírito Santo, utilizando-se de outros portos, como os portos do Rio de Janeiro, majoritariamente, o Porto de Santos e o Porto do Açu, no Norte fluminense.   Segundo estimativas conservadoras do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), em 2024 foram escoadas por portos fora do Espírito Santo, pelo menos 1,4 milhões de sacas de café conilon, 1,8 milhões de sacas de café arábica e 350 mil sacas de café solúvel, sendo todos estes cafés produzidos e processados no Espírito Santo. Estes dados elevam o volume de café exportado do ES, de 8,4 milhões de sacas para cerca de 12 milhões de sacas, ou um pouco mais, gerando um adicional de 888 milhões de dólares aproximadamente. Desta forma a receita cambial total das exportações capixabas de café é de cerca de 2,7 bilhões de dólares no ano. Somando-se o volume de café capixaba escoado pelos portos do Espírito Santo com o volume escoado por outros portos, a participação do Espírito Santo no total das exportações brasileiras de café amplia-se de 17% para 24% do total, e de 75% para 90% nas exportações de cafés canéforas, conilon ou robusta.    Como já se verifica ao longo dos anos, o Porto de Vitória possui limitações para atracação de grandes navios porta-contêineres, o que acaba por restringir o terminal de contêineres a um terminal do tipo feeder, quando as cargas por ele embarcadas precisam ser reembarcadas em navios maiores em outros portos. Esse tipo de operação aumenta o transit-time da mercadoria até o exterior e encarece o frete marítimo e outros serviços portuários locais. Outro agravante foi o cenário constituído de uma logística marítima global e brasileira recorrentemente congestionadas, de escassez de contêineres, das reformas realizadas em equipamentos do terminal de contêineres do Espírito Santo e pelo alto número de importação de carros elétricos nos portos capixabas. Uma combinação desses fatores levou a atrasos de embarques que chegaram a até 4 meses de espera. Ao final, muitos importadores preferiram direcionar seus embarques para outros portos além do Espírito Santo. Embarques na modalidade break-bulk Na busca por alternativas para garantir fluidez na exportação de café e honrar os compromissos assumidos com seus clientes, os exportadores de café estabeleceram o

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