Cresce urgência de se reinventar entre empresas do agronegócio

Pesquisa aponta que 44% dos CEOs do setor acreditam que suas empresas não serão viáveis por mais de dez anos se não se reinventarem O cenário de mudanças climáticas e transformação digital faz crescer a urgência das empresas se reinventarem. No agronegócio brasileiro, 44% dos CEOs acreditam que suas empresas não serão viáveis economicamente por mais de dez anos se não se reinventarem, de acordo com a 28ª edição da Global CEO Survey, pesquisa da PwC que ouviu 4,7 mil líderes em mais de cem países, incluindo Brasil. Na edição do ano passado, esse índice era de 31%. Saiba-mais taboola “A necessidade de reinvenção é urgente e a gente tem visto movimentos relevantes de empresas buscando novos negócios, seja revisitando o modelo de negócios, mudando estratégia, buscando parcerias. Os executivos estão sendo pressionados pelas mudanças muito rápidas globalmente. As tecnologias chegando e desafiando negócios. É preciso estar atento para não ser surpreendido pelas mudanças do mercado e acabar ficando de fora”, afirmou Mauricio Moraes, sócio e líder do setor de agribusiness da PwC Brasil e CEO do PwC Agtech Innovation. Otimismo com economia Os CEOs do agronegócio demonstram otimismo em relação à economia e ao próprio negócio neste ano. Do total, 66% dos líderes do setor esperam aceleração na economia global nos próximos 12 meses, ante 40% em 2024. O percentual é similar à média nacional de 68%, mas acima da média global, de 58%. Em relação à economia brasileira, 76% dos CEOs do agronegócio estão otimistas, ante 69% em 2024. Entre os CEOs do Brasil, 73% estão otimistas com a economia nacional este ano. Para Moraes, o indicador está ligado em parte ao desempenho do agronegócio esperado para este ano. “O ano passado foi bastante desafiador para o agronegócio e a visão é que este ano terá uma retomada. Setores como café, cacau e laranja tiveram bons resultados em 2024 e continuam fortes este ano. Há boas perspectivas em relação à proteína animal e açúcar, além da safra recorde de grãos”, afirmou o executivo. Moraes acrescenta que, em relação ao cenário global, há uma expectativa de que a política tarifária do governo Trump nos Estados Unidos possa indiretamente favorecer as exportações brasileiras de grãos. Além disso, há expectativa de uma maior resiliência do setor em relação aos problemas geopolíticos internacionais. Fatores de risco Em relação aos próximos três anos, 66% dos CEOs do agronegócio demonstraram confiança, acima dos 55% da pesquisa de 2024 e também acima da média nacional de 54%. Embora haja otimismo, também há preocupações com riscos que podem afetar o agronegócio. Entre os CEOs ouvidos, 56% consideram as mudanças climáticas como maior fator de risco para os seus negócios nos próximos 12 meses, índice bem acima da média nacional, de 21%. Ao mesmo tempo, 47% relataram aumento de receita com investimentos climáticos nos últimos cinco anos, acima da média nacional de 30%. “O setor produtivo do agronegócio é uma fábrica a céu aberto. É natural que haja uma preocupação maior com riscos climáticos, principalmente com os eventos extremos enfrentados no ano passado, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca prolongada no Centro-Oeste e Sudeste”, afirmou Moraes. A segunda principal ameaça, na visão dos CEOs do agronegócio, é a qualificação da mão de obra, citada por 38% dos ouvintes. A instabilidade econômica (30%), inflação (22%), conflitos geopolíticos (22%) e riscos cibernéticos (20%) também são citados por parcelas menores dos CEOs. Moraes destacou a baixa preocupação com os riscos cibernéticos. “Só no Brasil, um terço das empresas, de todos os setores, enfrentaram perdas de pelo menos US$ 1 milhão nos últimos três anos com ciberataques e no agronegócio a ameaça não é diferente”, observou. Busca pela reinvenção Diante dos desafios, 44% dos líderes do agronegócio acreditam que suas empresas não serão viáveis economicamente por mais de dez anos se não se reinventarem, ante 31% na pesquisa de 2024. Os dados da pesquisa mostram que a busca pela reinvenção já tem acontecido nos últimos cinco anos. Entre os entrevistados, 54% afirmaram que buscaram uma nova base de clientes, 48% desenvolveram produtos ou serviços inovadores e 44% firmaram parcerias com outras organizações. A busca por novas parcerias aumentou 11 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Moraes destacou que essas parcerias envolvem não só fornecedores e prestadores de serviços, mas também união com concorrentes na busca de novos negócios que ajudem a dar sustentabilidade ao negócio. Dos CEOs do agronegócio, 36% investiram em novas estratégias de crescimento e 34% implementaram novos modelos de precificação. Moraes também ressaltou que 44% dos CEOs do agronegócio afirmaram que suas empresas buscaram diversificar a receita nos últimos cinco anos. “Nesse sentido vimos aumento de investimentos em produção de biogás e biocombustíveis, que também estão entrelaçados com a preocupação com as mudanças climáticas”, afirmou o ex

Cresce urgência de se reinventar entre empresas do agronegócio
Pesquisa aponta que 44% dos CEOs do setor acreditam que suas empresas não serão viáveis por mais de dez anos se não se reinventarem O cenário de mudanças climáticas e transformação digital faz crescer a urgência das empresas se reinventarem. No agron >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET