Por que o café está tão caro? Preço subiu mais de 40% em um ano

A explicação para esse movimento dos preços do produto ao consumidor começa no campo O preço do café subiu 46% em 2024 nas gôndolas do varejo e passou a pesar mais no bolso do consumidor brasileiro. A bebida mais consumida no país vem sendo considerada um dos vilões da inflação de alimentos. E, pelo menos por enquanto, a tendência é continuar subindo. Explicar por que o café está tão caro começa a quilômetros de distância dos grandes centros de consumo: no campo. Acompanhe as cotações do café. Acesse aqui Apenas entre dezembro e janeiro, o café aumentou 7,07% na média nacional, de acordo com o IPCA-15, indicador medido pelo IBGE e considerado a prévia da inflação oficial. Foi um dos que mais subiu, junto com o tomate. Entre os motivos, estão os problemas climáticos, responsáveis pela redução da oferta, o forte ritmo das exportações e a desvalorização do real frente ao dólar. Por que o café está tão caro? O estoque baixo de café é resultado da falta de chuvas durante o desenvolvimento das lavouras. Muitos produtores precisaram adotar técnicas para a manutenção nas lavouras, aumentando os gastos com a produção. O mesmo aconteceu no combate às pragas que aparecem junto com as temperaturas altas. Outro fator de elevação do preço nas prateleiras são as exportações. Em dezembro de 2024, os embarques somaram 3,8 milhões de sacas de 60 quilos. No resultado anual, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) contabilizou um volume recorde de 50,44 milhões de sacas de 60 quilos. Preço do café arábica - em R$/saca de 60 quilos Os números refletem quebras de produção em outros importantes fornecedores do mercado internacional, como Vietnã e Indonésia, que também tiveram problemas climáticos. Isso em um cenário de aumento no consumo da bebida, de acordo com especialistas e agentes do mercado. A situação contribuiu com a alta dos preços da commodity nas bolsas internacionais, com impacto sobre as cotações internas, do produtor ao consumidor. Na bolsa de Nova York, os principais contratos de café arábica atingiram preços jamais vistos na história. Os lotes para março de 2025, os mais negociados neste momento, dobraram de preço em um ano. Nesta quarta-feira, a cotação voltou a subir e fechou a US$ 3,97 a libra-peso, renovando a máxima histórica. Initial plugin text No mercado interno, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para o café arábica, com base em São Paulo, acumulou alta de 12,54% em janeiro. Encerrou o mês passado a R$ 2.508,18 a saca de 60 quilos. Nos primeiros dias deste mês, a referência está em alta de 2,08% até a terça-feira (4/2), quando valia R$ 2.560,36 a saca. Tudo sobre café O indicador do café robusta, com base no Espírito Santo, principal produtor da variedade no Brasil, subiu 13,19% em janeiro e encerrou o mês a R$ 2.074,22 a saca. Neste mês, está praticamente estável, apontando baixa de 0,08%, com a saca valendo R$ 2.072,66 na terça-feira (4/2). A demanda firma se mostra nos números da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), divulgados nesta quarta-feira (5/2). Entre novembro de 2023 e outubro de 2024, o consumo da bebida no Brasil cresceu 1,11% em comparação com o período anterior de 12 meses. Foram 21,92 milhões de sacas. O recorde é de 2017, quando o volume chegou a 22 milhões de sacas de 60 quilos. Preço do café continuará a subir? Novos reajustes são esperados em 2025, avaliam especialistas e pesquisadores. Segundo o Cepea, o ano será desafiador não apenas para a cafeicultura nacional, mas também no mundo. A curto prazo, não estão previstos aumentos significativos de produção e estoques, e a demanda deve continuar a crescer. Eduardo Carvalhaes, especialista e comerciante de café, afirma em boletim de mercado que o cenário de mercado não mudou. Os estoques estão baixos em países produtores e consumidores. E permanecem os problemas climáticos que atingem cafezais onde são produzidas safras importantes para o abastecimento mundial. “No Brasil, temos um cenário apertado neste segundo semestre do ano-safra brasileiro (janeiro a junho), indicando dificuldades para abastecermos o consumo interno e nossas exportações nos próximos meses”, diz ele.

Por que o café está tão caro? Preço subiu mais de 40% em um ano
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