Quebra da safra de cana não impede recorde histórico na oferta de etanol

Cana de Açucar Quebra da safra de cana não impede recorde histórico na oferta de etanol Apesar da redução na produção de cana, volume de etanol cresce impulsionado pelo milho e estoques de passagem Publicado em: 05/02/2025 às 16:00hs O ano de 2024 registrou a maior oferta de etanol da história do Brasil, mesmo diante da significativa quebra na safra de cana-de-açúcar na região Centro-Sul, conforme balanço da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). Com um volume total de 36,83 bilhões de litros produzidos, um aumento de 4,4% em relação a 2023, o país manteve sua posição como o segundo maior produtor mundial do biocombustível, atrás apenas dos Estados Unidos. Desse total, 7,7 bilhões de litros foram oriundos do milho, representando um expressivo crescimento de 32,8% na comparação com o ano anterior. Segundo Luciano Rodrigues, diretor de inteligência setorial da Unica, esse avanço foi possível graças à maior disponibilidade de etanol de milho e ao aproveitamento de estoques de passagem de 2023. Competitividade e impacto no consumo A oferta de etanol hidratado registrou alta de 33% em 2024, ampliando sua participação no consumo total de combustíveis. A competitividade do biocombustível frente à gasolina também atingiu um nível recorde, com uma correlação média nacional de preços de 65,3%, a melhor marca desde 2010. O consumo total de combustíveis pela frota de veículos leves no Brasil alcançou 59,3 bilhões de litros, sendo que a demanda por etanol hidratado cresceu 5,4 bilhões de litros no período. Para Evandro Gussi, presidente executivo da Unica, o etanol se fortalece no Brasil graças a um conjunto de políticas públicas que incentivam seu desenvolvimento e impulsionam sua adoção pelos consumidores. Ele cita iniciativas como a aprovação das leis do Combustível do Futuro, Mover, Paten, além da reforma tributária e do aprimoramento do RenovaBio. “São avanços fundamentais para consolidar uma mobilidade mais sustentável e impulsionar a economia de baixo carbono”, destacou. Mesmo com o crescimento expressivo do consumo de etanol hidratado, a Unica retomará em 2024 a campanha publicitária “Vai de Etanol”, conduzida por Tadeu Schmidt, para ampliar a conscientização sobre os benefícios do biocombustível. “Queremos reforçar ao consumidor que, enquanto outros países buscam soluções para reduzir as emissões de carbono, o Brasil já dispõe de uma alternativa eficiente e economicamente viável”, explicou Gussi. Desde a introdução da tecnologia flex no Brasil, o uso do etanol evitou a emissão de mais de 710 milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera e proporcionou uma economia de R$ 130 bilhões aos motoristas brasileiros desde 2003, segundo levantamento da Unica. Safra 2024/25 e perspectivas para o setor Até 16 de janeiro, a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul na safra 2024/25, que será oficialmente encerrada em março, registrou uma queda de 4,9% em relação ao ciclo anterior, totalizando 613,9 milhões de toneladas. A produção de açúcar recuou 5,5%, para 39,8 milhões de toneladas, enquanto a de etanol anidro caiu 6,7%, atingindo 11,9 bilhões de litros. Por outro lado, a produção de etanol hidratado avançou 9,9%, somando 20,9 bilhões de litros, resultando em um aumento total de 3,2% na oferta de etanol, que chegou a 32,8 bilhões de litros. Do volume total de etanol produzido na safra, 26,4 bilhões de litros tiveram origem na cana-de-açúcar, enquanto o etanol de milho alcançou 6,4 bilhões de litros. A participação do biocombustível na destinação do caldo da cana aumentou de 50,9% para 51,8%, impulsionada pelo crescimento de 30% na produção de etanol de milho, enquanto a produção de etanol de cana caiu 2%. Rodrigues destaca que, embora a safra 2024/25 seja inferior à anterior, a produção deve se manter em um patamar elevado, figurando entre as duas ou três maiores já registradas. Exportações de açúcar batem recorde Apesar do prêmio do açúcar sobre o etanol ao longo da safra, fatores como estresse hídrico e queimadas afetaram a qualidade dos canaviais, impactando a produção açucareira. Ainda assim, as exportações do produto atingiram um recorde histórico em 2024, totalizando 38,2 milhões de toneladas e gerando US$ 18,61 bilhões em receita. Em comparação, em 2023, o volume exportado foi de 31,3 milhões de toneladas, com receita de US$ 15,75 bilhões. A Indonésia foi o principal destino do açúcar brasileiro, adquirindo 9% do volume exportado, entre os 156 países que importaram o produto. Esses resultados reforçam a relevância do Brasil no cenário global do açúcar e a importância do setor sucroenergético para a economia nacional. Fonte: Portal do Agronegócio ◄ Leia outras notícias

Quebra da safra de cana não impede recorde histórico na oferta de etanol
Cana de Açucar Quebra da safra de cana não impede recorde histórico na oferta de etanol Apesar da redução na produção de cana, volume de etanol cresce impulsionado pelo milho e estoques de passagem Publicado em: 05/02/2025 às 16:00hs >>>

Essa é mais uma manchete indexada e trazida até você pelo site Agromundo.NET