Opinião: A nova era digital do agronegócio brasileiro
Agtechs brasileiras captaram mais de US$ 100 milhões em investimentos nos últimos anos O céu limpo sobre os campos do Brasil é cenário de uma nova revolução — e, desta vez, ela não vem dos tratores e colheitadeiras. A transformação digital no agronegócio não é mais um horizonte distante. Ela já está acontecendo, e o impacto é profundo, com implicações que vão muito além do aumento da produtividade. Estamos vivendo uma era onde até a terra tem dados, e, no campo, eles são tão férteis quanto o solo. Saiba-mais taboola O rush pela tokenização e pela inteligência artificial tem atraído investimentos massivos, colocando o agro brasileiro no radar global. Não por acaso, as agtechs brasileiras captaram mais de US$ 100 milhões em investimentos nos últimos anos, consolidando o país como um dos polos de inovação no setor. A questão, no entanto, não é apenas tecnológica. Trata-se de uma mudança cultural profunda, que exige mais do que máquinas conectadas; demanda uma mentalidade digital. As forças de vendas no agro, por exemplo, ainda se apoiam em táticas tradicionais, enquanto o consumidor rural está cada vez mais digitalizado. Isso coloca um desafio estratégico: como construir uma abordagem que vá além do período de safra e crie conexões perenes com o produtor? Capacitar times para usar ferramentas digitais requer mais do que treinamentos pontuais; é necessário mudar a forma como empresas e profissionais se conectam com seus clientes. Globo Rural A globalização das tendências digitais também impacta diretamente o agronegócio. Decisões como o fim da checagem de fatos no Meta moldam percepções sobre sustentabilidade e práticas agrícolas, e o Brasil, como gigante do setor, precisa garantir que sua narrativa seja forte e embasada. Em um mercado onde a desinformação pode arruinar reputações, marcas e empresas devem tratar a credibilidade como um ativo estratégico. Enquanto isso, tecnologias como inteligência artificial e tokenização redefinem o funcionamento do campo. Startups que oferecem soluções completas de gestão agrícola, lideram essa transformação. O desafio vai além de acompanhar a inovação; é necessário traduzi-la em impacto prático. Leia mais opiniões de especialistas e lideranças do agro No campo, não basta medir produtividade. A transformação digital é sobre medir relevância e construir relações que durem mais do que uma safra. Digital não é só adoção de tecnologia; é mentalidade. O campo conectado é um campo competitivo. A maior riqueza do agro sempre foi a terra. Hoje, é a inteligência sobre ela. O futuro do agro é digital, mas também profundamente humano. A verdadeira transformação está na criação de estratégias que respeitem a complexidade do setor, investindo em capacitação, inovação e narrativas sólidas. Empresas que entenderem essa dinâmica estarão melhor posicionadas para liderar na nova era do campo. No final, não é apenas sobre o que é vendido, mas sobre o que é entregue para o futuro. *Fabricio Macias, co-fundador e co-CEO da Macfor, e Diogo Luchiari Fructuoso, sócio e Chief Agribusiness Officer da Macfor Obs: As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam, necessariamente, o posicionamento editorial da Globo Rural
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