Bactéria disponibiliza maior quantidade de Nitrogênio para crescimento da soja por meio da fixação folear
Bactéria disponibiliza maior quantidade de Nitrogênio para crescimento da soja por meio da fixação folear Publicado em 07/02/2025 13:00 Um dos desafios dos agricultores brasileiros na produção da soja é a quantidade de Nitrogênio (N) que a planta demanda durante todo o seu ciclo, em média, 80 kg/tonelada. De acordo com Cibele Medeiros, Gerente de Portfólio de Biológicos da Corteva Agriscience, Os grãos de soja são ricos em proteínas e o teor médio de Nitrogênio no grão é de, aproximadamente 6,5% e, por essa razão, necessita de alta demanda desse nutriente. “Para se ter uma ideia, para produzir 1000 quilos de grãos, são necessários 65 quilos de Nitrogênio, mas também é preciso considerar o nitrogênio para as folhas, caule e raízes, o que eleva a necessidade total da cultura para cerca de 80 kg”, explica Medeiros. De acordo com ela, pesquisas recentes apontam que variedades produtivas têm aumentado a exigência em relação ao Nitrogênio, ultrapassando os 100 kg do nutriente por tonelada de soja produzida. “Nas lavouras brasileiras, a disponibilidade de Nitrogênio no sistema não consegue atender a demanda da planta durante todo o ciclo da cultura. Em sua fase inicial, a planta demanda 2 kg por dia, podendo chegar até 6 kg na fase de enchimento das vagens”, aponta. Nos últimos anos, estudos passaram a analisar e destacar a eficácia da bactéria Methylobacterium symbioticum para fornecer um suprimento adicional de nitrogênio para as plantas. “Devido à sua capacidade de oferecer às plantas uma fonte de nitrogênio e fósforo, bem como de proteger as plantas de patógenos, microrganismos desempenham um papel crucial como bactérias promotoras do crescimento de plantas, o que pode levar a uma melhoria no desenvolvimento de culturas agrícolas”, explica um estudo publicado em agosto de 2023 na Folia Microbiológica, escrito por diversos cientistas. “Recentemente, uma nova espécie, Methylobacterium symbioticum , foi isolada de esporos da espécie de fungo simbionte Glomus iranicum var. tenuihypharum. Esses autores demonstraram como Methylobacterium symbioticum reduziu a necessidade de fertilizantes químicos de nitrogênio, sem reduzir o crescimento ou o rendimento das culturas de arroz, milho e uva para vinho, atuando como biofertilizante”, acrescenta o estudo. Como exemplo do uso dessa bactéria, a Corteva passou a disponibilizar no Brasil, primeiro para a cultura do milho e agora para a soja, o Utrisha™, para a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN). O Notícias Agrícolas acompanhou uma área de teste no município de Rio Verde-GO, onde a ação do bioinsumo foi testada. Medeiros mostra que o bioinsumo com o uso da bactéria é aplicado de forma foliar e permite à planta a obtenção de nitrogênio durante todo o seu ciclo de vida por meio de um modo de ação inovador. A solução com a cepa única da bactéria entra pelos estômatos das folhas e coloniza completamente a planta em poucos dias após a aplicação e sua presença segue ativa durante todo o ciclo da cultura. Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio Tags: Por: Igor Batista Fonte: Notícias Agrícolas RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade. 0 comentário
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