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Cacau é negociado acima de US$ 6 mil e bate novo recorde em NY
Cenário de produção na Costa do Marfim, maior produtor mundial da amêndoa, é cada vez mais crítico A queda nos preços do cacau na bolsa de Nova York durou apenas um pregão. Nesta terça-feira (13/02) as cotações voltaram a subir e atingiram um novo patamar recorde. Os lotes para março subiram 2,41% e alcançaram a marca inédita de US$ 6.001 a tonelada. Já os contratos para maio, os mais líquidos, avançaram 1,24%, negociados a US$ 5.652 a tonelada. Saiba-mais taboola Analistas afirmam que o cacau ainda não atingiu seu limite de alta, já que continuam os problemas na safra da Costa do Marfim, maior produtor mundial. “Não choveu na semana passada na maioria das principais regiões produtoras da Costa do Marfim, o que aumenta a preocupação com a próxima colheita intermediária”, destaca o Zaner Group, em relatório. A colheita da safra intermediária de cacau no país africano deve começar em abril, e já com prognósticos negativos. Recentemente, o Conselho de Cacau e Café da Costa do Marfim projetou uma produção entre 400 mil e 450 mil toneladas, abaixo das 550 mil toneladas da safra passada. Também em relatório, o Citibank afirmou que os valores do cacau em Nova York poderão atingir entre US$ 6.100 a US$ 6.300 a tonelada durante o próximo mês. A instituição vai além, e acrescenta que há riscos de os preços chegarem a incríveis US$ 7.000 a US$ 10.000 a tonelada, caso as perspectivas de oferta na África Ocidental continuem a deteriorar-se e a procura não dê sinais de arrefecimento em meio a valores tão expressivos. Café O café desvalorizou na bolsa de Nova York, diante de notícias negativas no campo da macroeconomia. Os contratos do arábica para maio, os mais negociados, fecharam em queda de 1,62% de US$ 1,8805 a libra-peso. Para Vicente Zotti, sócio da Pine Agronegócios, os dados sobre a inflação americana divulgados nesta terça-feira pesaram sobre as negociações do grão. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em janeiro na comparação com o mês anterior. A aposta de analistas era para uma variação de 0,2% no período. “Como a inflação veio acima do esperado, isso causa um sentimento de demora para uma redução na taxa de juros americana. Isso tira o otimismo do mercado em relação a uma alta nos preços do café, além de favorecer a venda de papéis em um momento em que investidores vêm carregando posições compradas”, diz Zotti. Açúcar e algodão Os contratos do açúcar demerara com entrega para maio fecharam em queda de 0,96% na bolsa de Nova York, para 22,62 centavos de dólar por libra-peso. Já os lotes do algodão com o mesmo vencimento subiram 0,83% no pregão, a 92,06 centavos de dólar por libra-peso Suco de laranja Por fim, nas negociações do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês), os contratos para março recuaram 0,58%, para US$ 3,5160 a libra-peso.
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