Fintech Marco levanta US$ 12 milhões com participação da Barn
Gestora brasileira participou da rodada com investidores estrangeiros, como IDC Ventures, IDB Lab, Arcadia Funds e Florida Funders A fintech americana Marco captou US$ 12 milhões (cerca de R$ 60 milhões) em uma rodada com participação da gestora brasileira Barn Investimentos e de investidores estrangeiros, como IDC Ventures, IDB Lab, Arcadia Funds e Florida Funders. Saiba-mais taboola A Marco atua com financiamento de capital de giro para pequenos e médios exportadores da América Latina, principalmente do agronegócio, que vendem aos Estados Unidos. São linhas de crédito de curto prazo, e de baixo risco, tendo como garantia recebíveis dos compradores, que são grandes varejistas. Flavio Zaclis, CEO da Barn, disse que o contato com a Marco começou há aproximadamente um ano. A gestora resolveu participar da rodada por ver um momento bastante propício às empresas da América Latina que vendem aos EUA, à medida que o país tenta depender menos da China. “É algo que está se espalhando pela América Latina. E a gente acha que tem um papel importante para fomentar a presença e expansão da Marco no Brasil”, disse Zaclis, em entrevista à reportagem. Segundo o CEO da Barn, a falta de capital de giro é um dos principais entraves para pequenas e médias empresas exportarem, e reduz muito da margem de quem está no início da cadeia, como o produtor. A estimativa é que o déficit de financiamento gire em torno de US$ 350 bilhões na América Latina, conforme dado do Banco Asiático de Desenvolvimento citado por Zaclis. Pelos cálculos da Barn, menos de 10% das 27,5 milhões de pequenas e médias empresas latino-americanas têm acesso a crédito, devido sobretudo à percepção de risco e aos processos burocráticos. Fundada em 2020, a Marco realizou 62 mil antecipações até hoje, que somam US$ 524 milhões. Jacob Shoihet, CEO da fintech, afirma que o conjunto de ferramentas oferecidas além do crédito — como criação de LLC, seguro de carga e serviços bancários — são fundamentais para “criar uma economia que funcione para todos”. Os recursos obtidos na rodada devem ser usados pela fintech para aumentar o número de clientes e de empréstimos.
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